Publicado em: 29 de junho de 2017 19h06min / Atualizado em: 29 de junho de 2017 20h06min
O que parece ser uma distração pode ser uma ferramenta para desenvolver a aprendizagem. É o que o professor Fernando da Silva explicou a professores da Escola de Educação Básica Professora Lourdes Angela Sarturi Lago, pibidianos e petianos da UFFS – Campus Chapecó sobre jogos. A atividade “Jogos em sala de aula: princípios de implementação de práticas significativas de ensino e aprendizagem” foi a segunda realizada pelo Projeto de Extensão “Formação Continuada de Professores – Anos Iniciais do Ensino Fundamental”, ocorrida na quarta-feira (28), na própria escola.
Os participantes receberam um material com antecedência. Com a leitura, a atividade acabou sendo bastante dinâmica, cheia de interações, questionamentos e relatos de experiências. Como a de Marta Romanzini, professora do Atendimento Educacional Especializado, que está lecionando pelo primeiro ano na Escola Lourdes Lago, mas já atua na docência há 20. “Sempre trabalhei com a Educação Infantil e lá é de praxe o uso de jogos pedagógicos. E em sala de aula também temos que pensar nos alunos com alguma necessidade especial. Os jogos – tanto online quanto os tradicionais – são facilitadores. Mas vai depender muito do professor, de sua vontade de buscar e estudar”, ressalta ela.
O professor Fernando explicou que os jogos não são algo novo para a humanidade. Inclusive, foi uma questão de sobrevivência desde o homem das cavernas: para espantar animais maiores e evitar ataques, os seres humanos começaram a “treinar” tiro ao alvo. Na parte teórica, ressaltou as características dos jogos: competição (alcançar resultado superior a outro jogador), desafio (tarefas demandam esforço e não são triviais), fantasia (realidade modificada), objetivos (há metas a serem alcançadas), integração, resultados, pessoas, regras, segurança (pois não acarreta problemas no mundo real) e exploração.
Como a discussão sobre o tema foi bastante intensa, a atividade prática, desta vez, será desenvolvida em casa pelos professores. Eles farão uma sequência didática utilizando o jogo como recurso. O desafio é apontar o público-alvo, os recursos necessários, o objetivo e a metodologia.
Equilíbrio teoria-prática
Para a professora da escola que atua no PIBID Interdisciplinar da UFFS, Claudia Cervenski, as atividades do Projeto de Extensão têm sido elogiadas especialmente pela forma de trabalho. “Muitas vezes temos cursos que abrangem somente a teoria. Essa é uma das preocupações nessa formação. Fizemos uma parte à distância, com a leitura de um texto, e depois disso, não ficar somente na teoria, mas propor mudanças”, comenta.
A coordenadora substituta do projeto na UFFS (a titular, professora Morgana Cambrussi, está em licença maternidade), professora Ani Carla Marchesan, frisa a importância da formação ser bastante prática e dar a oportunidade de que outros professores conheçam as ações realizadas. “Inicialmente é feita a parte teórica. Depois, os professores participam de uma rodada prática, em que produzem uma sequência didática sob a orientação do professor formador. Ao final do projeto, pretendemos reunir todo esse rico material pedagógico”, comenta.
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