Grupo busca voluntárias para pesquisa
Investigação científica procura pacientes com mais de 18 anos, lesões intraepiteliais de alto grau ou câncer de colo uterino.

Publicado em: 05 de outubro de 2021 15h10min / Atualizado em: 05 de outubro de 2021 18h10min

Pesquisadores da Universidade Federal da Fronteira Sul – Campus Chapecó buscam voluntárias com lesões intraepiteliais de alto grau (NIC II e NIC III – lesões precursoras do câncer de colo uterino) ou com câncer de colo uterino para participação em uma investigação científica. A pesquisa vem sendo realizada desde 2019 e quer compreender mais a respeito do sistema purinérgico, do estresse oxidativo e da qualidade de vida das pacientes.

Quem desejar ser voluntária, deve ter mais de 18 anos e, em caso de diagnóstico de câncer de colo uterino, a paciente não pode ter iniciado o tratamento. Será feita a coleta de sangue em local a combinar, e aplicado um questionário de qualidade de vida, que pode ser presencial ou on-line e terá a duração de aproximadamente 30 minutos.

As interessadas podem entrar em contato pelo perfil do Instagram (@projetohpv), por e-mail (projetohpv.uffs@gmail.com) e pelo WhatsApp (43) 99988-5056. A pesquisa "Avaliação de componentes do sistema purinérgico, de parâmetros de estresse oxidativo e da qualidade de vida em pacientes com câncer de colo uterino", sob coordenação da professora Andréia Machado Cardoso, já passou pelo Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos da UFFS (parecer nº 3.333.426).

Sobre a pesquisa

Na pesquisa, conforme a estudante Maria Luiza Mukai, há três objetivos: avaliar o sistema purinérgico, o estresse oxidativo e a qualidade de vida das pacientes.
Quanto ao sistema purinérgico, ela explica que ele pode agir evoluindo ou combatendo o tumor. Portanto, a intenção é compreender os parâmetros do sistema purinérgico nessas mulheres. “No futuro, existirão fármacos que agirão nesse sistema”, pontua ela.

Os pesquisadores também buscam entender como o estresse oxidativo e os antioxidantes agem no câncer de colo uterino. “Pode ser que essas mulheres tenham menos antioxidantes que uma mulher saudável”, comenta a estudante.

Por fim, outra estudante e pesquisadora, Milena Daher, explana sobre a qualidade de vida e qualidade de vida sexual. “Apesar do câncer de colo uterino inicialmente ser assintomático, em longo prazo a doença pode levar a paciente a ter disfunção gastrointestinal, urológica, uma disfunção sexual (muitas mulheres sentem principalmente isso), problemas de ansiedade e depressão”, aponta ela. A respeito da qualidade de vida sexual, inclusive, o grupo já publicou um resumo, que foi premiado.

Os resultados preliminares da pesquisa apontam que existe uma configuração diferente do sistema purinérgico das pacientes com câncer de colo uterino, com mais inflamação e níveis de ATP e adenosina maiores. Conforme Maria Luiza, quando em níveis maiores que o normal, os compostos modificam o ambiente tumoral e, por fim, acabam alterando o sistema imune da paciente, tornando sua defesa mais vulnerável.

Artigos publicados

Purinergic signaling and tumor microenvironment in cervical Cancer

Oxidative damage and antioxidants in cervical cancer

Purinergic System and Cervical Cancer: Perspectives

Prêmios e títulos da pesquisa

2021

1º lugar na apresentação Análise de Qualidade de Vida Sexual: estudo comparativo entre mulheres com lesão intraepitelial de alto grau e saudáveis no I Congresso de Infectologia do Oeste Catarinense, Universidade Federal da Fronteira Sul.

2019

Excelência na apresentação do trabalho Qualidade de Vida em Pacientes com Câncer de Colo Uterino: uma revisão literária no I Congresso Cardiomente, Universidade Federal da Fronteira Sul.

2019

Excelência na apresentação do trabalho Câncer de Colo Uterino e Sistema Purinérgico no I Congresso Cardiomente, Universidade Federal da Fronteira Sul.

2019

Excelência na apresentação do trabalho Sinalização da via MAPK no Desenvolvimento do Câncer de Tireoide Folicular no I Congresso Cardiomente, Universidade Federal da Fronteira Sul.