Publicado em: 20 de junho de 2022 11h06min / Atualizado em: 20 de junho de 2022 13h06min
Se fazer uma busca, mandar uma mensagem instantânea ou gastar tempo assistindo a vídeos de entretenimento está na palma da mão a maior parte do tempo, por que o mesmo dispositivo não pode contribuir para o processo de aprendizagem? É possível utilizar o celular para a Educação, e o Grupo de Tecnologias Educacionais (GTED) da UFFS – Campus Chapecó pode contribuir.
O grupo já disponibilizou 72 aplicativos educativos gratuitos para quem tiver interesse em baixar. O coordenador do grupo, professor Carlos França, acrescenta que nenhum aplicativo é patrocinado para ter mais downloads, e, mesmo assim, um deles já foi baixado mais de 2 mil vezes.
Conforme explica o professor, já foram desenvolvidos aplicativos voltados desde os anos iniciais até a pós-graduação. Porém, a maioria deles é destinada à educação básica, especialmente de Matemática, Física e Química.
Os apps podem ser encontrados na loja de aplicativos. Os interessados podem procurar pelo desenvolvedor “Prof Carlos Franca”.
Em geral, os aplicativos são criados no CCR Tecnologias Educacionais, oferecido aos estudantes das últimas fases do curso de Pedagogia. Mas o professor indica que pretende intensificar as atividades do GTED e a criação de aplicativos no Laboratório Interdisciplinar de Formação de Educadores (LIFE), envolvendo mais estudantes. Também destaca que pretende oferecer um CCR optativo a estudantes de todas as licenciaturas. Os interessados podem enviar e-mail para carlos.franca@uffs.edu.br.
Conforme o professor, também são feitas parcerias com desenvolvedores de outros países, com a produção de versões de aplicativos das áreas das exatas em português. “Às vezes encontro apps de grande importância nas áreas das exatas, já publicados no Google Play Store, porém em outros idiomas (Japonês, Inglês, Turco). Então, faço contato com o criador do App, apresento o GTED e a nossa produção de aplicativos educacionais gratuitos, e solicito autorização deles para criar uma versão desses apps em português, porém mantendo o formato original e a autoria. Estando de acordo, mandam-me uma autorização por escrito (e-mail) e me liberam o código-fonte dos aplicativos. Então, divulgo o produto deles aqui no Brasil e, ao mesmo tempo, disponibilizo esses Apps de excelente nível para o Brasil e mais 176 países”, explica o professor.
Em função do trabalho desenvolvido, o professor foi convidado, pela segunda vez, a palestrar a professores de 152 escolas públicas da Superintendência Regional de Educação do Triângulo Mineiro. O evento foi no dia 7 de junho e disponível está on-line.
Projeto na EEB Bom Pastor
A partir das atividades do grupo, o professor viu a oportunidade de submeter um projeto a um edital do CNPq, de Iniciação Científica Júnior. Depois da apresentação da ideia na Escola de Educação Básica Bom Pastor, houve interesse para o desenvolvimento do projeto.
São três estudantes bolsistas, que foram treinados por três meses, on-line, pelo professor França para desenvolverem aplicativos para contribuir na aprendizagem de estudantes. Eles utilizaram uma ferramenta para o desenvolvimento de aplicativos do MIT, o app inventor.
Segundo o professor, seu foco é no aluno, em suas demandas, pensando no aluno como protagonista, com o uso de metodologias ativas de aprendizado.
Os jovens são, agora, multiplicadores: mas não ensinam outros estudantes. Eles contribuem com professores para a utilização dos aplicativos em sala de aula.
Miguel Marocco de Ré e Emanuelli Soares Nunez atuam com aplicativos voltados à Matemática; e Lisandra Silva da Silva, com os da Química. Além dos três bolsistas, o projeto tem dois estudantes voluntários. O coorientador do projeto é Carlos Rutz, professor da Escola
Conforme o professor Rutz, os aplicativos vão passar por uma espécie de protocolo de avaliação, no qual estudantes e professores vão apontar vantagens e desvantagem para o aprendizado com uso do app e identificar possíveis problemas.
Porém, para o professor, os aplicativos podem auxiliar no processo de ensino-aprendizagem. “Eles estão, em tempo real, vendo quais são as dificuldades em determinado conteúdo. Os feedbacks aos professores são instantâneos. Às vezes, um estudante com dificuldades em um assunto, mas que seja tímido, não pergunta ao professor. Com o aplicativo, quebram-se barreiras: o professor pode detectar essa dificuldade instantaneamente”, ressalta.
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