O professor da UFFS – Campus Chapecó, Anderson Funai, esteve em Campinas (SP), com o secretário de Saúde de Chapecó, Jader Danielli, a diretora de Atenção à Saúde, Gessiani Larentes, e a gerente de Atenção Especializada, Cleonice Ilha, para conhecer parte dos serviços de saúde mental daquela cidade, administrados pela Fundação Cândido Ferreira.

As visitas foram a um Caps do tipo III, um serviço de residencial terapêutico (SRT), a Casa das Oficinas e o Núcleo de Oficinas Terapêuticas (NOT) - os dois últimos, dispositivos que desenvolvem suas atividades na lógica da Economia Solidária e geração de renda para pessoas que realizam tratamento em Saúde Mental.

Além disso, foi possível uma agenda de última hora. Os secretários de saúde dos dois municípios e diretoras de saúde se reuniram para trocar informações sobre como acontece o convênio entre a prefeitura de Campinas e a Fundação Cândido Ferreira.

O professor, que é da área da Saúde Mental e atua no Caps II de Chapecó, classifica a experiência como “fantástica”. "O NOT é referência internacional, inclusive no mesmo dia de nossa visita uma comitiva da Organização Panamericana de Saúde (OPAS) estava conhecendo este serviço com representantes da Guiana. Eles possuem doze oficinas terapêuticas de geração de renda, como a oficina de marcenaria, oficina de serralheria, oficina de mosaico, de ladrilho hidráulico, de papel artesanal, de costura, agrícola e jardinagem e a de alimentos. Eles possuem um restaurante que serve refeições no almoço de segunda a sábado. Tivemos a oportunidade de saborear o cardápio da quinta-feira (comida mineira, com feijão tropeiro e acompanhamentos - preparado por usuários dos serviços de saúde mental )”, relata ele.

O professor explica que propôs as visitas e elas estavam sendo organizadas desde dezembro de 2022. “Após o secretário de Saúde Jader Danielli tomar conhecimento do programa de extensão Reabilitação Psicossocial na Rede de Atenção Psicossocial de Chapecó, o município realizou a aquisição de equipamentos e máquinas para as oficinas terapêuticas de Madeira e de Olericultura e Jardinagem, num valor próximo de R$ 8 mil. Este projeto pode ser considerado um embrião da implantação da economia solidária em saúde mental em Chapecó”, conta Funai.

A expectativa agora, de acordo com Funai, é de que Chapecó busque implementar uma estratégia de cuidado semelhante à desenvolvida em Campinas.