Últimos dias para inscrições no Seminário Regional de Educação do Campo e Seminário de História Oral

Publicado em: 27 de setembro de 2013 13h09min / Atualizado em: 06 de janeiro de 2017 09h01min

Foi divulgada nesta semana a lista de 33 trabalhos selecionados para apresentação nos quatro eixos temáticos do I Seminário Regional de Educação do Campo: projetos político-pedagógicos e do I Seminário de História Oral: a memória da luta pela Reforma Agrária na Fronteira Sul do Brasil. Os eventos acontecem no período de dois a quatro de outubro, em Erechim, e ainda é possível realizar inscrição como ouvinte (por meio do blog http://seminarioeducacaocampoerechim.blogspot.com.br/).

Sediarão as atividades a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Erechim e a Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI) – Campus Erechim.

Conforme a coordenadora do Seminário de Educação do Campo, professora da UFFS – Campus Erechim, Naira Estela Roesler Mohr, a temática encontra-se latente em todo território brasileiro e passou, nos últimos anos, por pressão popular, ao fazer parte da agenda do Governo. “Mas, discutir um processo de educação em seu sentido mais amplo requer a participação e o envolvimento dos sujeitos em questão, e não aguardar a implementação de projetos e programas aleatórios, provisórios e descontextualizados. Ou seja, é necessário o protagonismo de quem está neste espaço, no caso, educadores, movimentos sociais, agricultores, lideranças comunitárias e de instituições populares”, diz.

Para a professora, a atividade se alinha com o compromisso institucional da UFFS, que tem como propósito contribuir com o desenvolvimento regional e corresponder aos interesses e às necessidades das comunidades e organizações sociais, objetivos estes já apresentados na Conferência de Ensino, Pesquisa e Extensão (Coepe), em 2010.

“O evento visa, sobretudo, possibilitar discussão e problematização do espaço do campo, com foco na questão educacional. Porém, entendemos que ele não deva ter uma função pontual, mas que seja uma atividade dentro de um processo perene e contínuo em torno do desenvolvimento da região; que seja um momento fundamental de articulação e também um espaço propositivo de ações com ampla participação”, argumenta a coordenadora.

Naira destaca a articulação de um grande grupo de organizações e entidades em torno da organização do evento. São promotores dos seminários, além das duas universidades já citadas, o Comitê de Bacias Hidrográficas Apuaé – Inhandava; a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RS); a Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul (Fetraf/Sul); a Fundação Nacional do Índio (Funai); o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS); a Secretaria Estadual de Educação do Rio Grande do Sul, por meio da 15ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE); a Secretaria Municipal de Educação de Erechim; a Via Campesina e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Programação:

Dia 02/10 – Quarta-feira

18h30 – 20h - Credenciamento e abertura

20h - Conferência: Conjuntura atual do campo brasileiro, com João Pedro Stédile (MST)

Dia 03/10 – Quinta-feira

08h – 10h - Painel 1: Educação do Campo – Perspectivas e Projetos, com Sandra Dalmagro (UFSC) e Paulo Alentejano (UERJ)

10h30 – 12h30 - Painel 2: O campo e suas contradições: leituras da região, com Nédio Piran (URI) e Luiz Fernando Fleck (Emater/RS)

13h30 – 15h - Painel 3 – A Educação nas Comunidades Indígenas e Quilombolas, com Maria Teresinha Costa Vargas (Comunidade Quilombola Arvinha – Sertão/RS) e Danilo Braga (Terra Indígena Ligeiro)

15h30 - Sessão de apresentação de trabalhos (GT's)

18h30-20h - Painel 4: Memória e História: luta pela Reforma Agrária na Fronteira Sul, com Paulo Zarth (Unijui) e Regina Weber (UFRGS)

Dia 04/10 – Sexta-feira

8h-12h - Sessão de apresentação de trabalhos (GT's)

14h-16h - Conferência de encerramento: Desafios da Educação Popular no Brasil com Isabela Camini (Setor de Educação do        MST)