Campus Passo Fundo: inicia exposição fotográfica “Eu vejo algo que você não vê”
A exposição é do fotógrafo alemão Thomas Hage e registra imagens do cotidiano da agricultura familiar do Sul do Brasil e da Alemanha.

Publicado em: 06 de maio de 2016 15h05min / Atualizado em: 01 de fevereiro de 2017 15h02min

A exposição “Eu vejo algo que você não vê”, do fotógrafo alemão Thomas Hager, chegou ao Campus Passo Fundo. A abertura da exposição, que registra imagens do cotidiano da agricultura familiar do Sul do Brasil e da Alemanha, foi realizada na quarta-feira (04). O acervo reúne 76 imagens que ficarão expostas até o dia 14 de maio.

Durante a abertura, o vice-reitor da UFFS, professor Antônio Inácio Andrioli, apresentou a proposta do trabalho de Thomas Hager. O fotógrafo é um ambientalista que defende a agricultura familiar como alternativa aos meios de produção agroindustriais. O vice-reitor pontua dois aspectos referentes à exposição. "Hager conseguiu traduzir nessas imagens uma série de elementos que integram a história da UFFS e, através das fotografias, ele desafia a nossa comunidade acadêmica a ver, o que muitas vezes, em função das rotinas de uma Instituição, deixamos de perceber. Um primeiro aspecto refere-se à origem da Instituição, que nasce da luta dos movimentos sociais do campo. São, portanto, as imagens dos agricultores, dos camponeses, desses sujeitos que resistem produzindo e vivendo nessa região, que caracterizam a exposição e que, de agora em diante, ficarão marcadas nos prédios da UFFS”, afirma.

O segundo aspecto, conforme Andrioli, refere-se a uma identidade de vida na agricultura familiar e camponesa, que pode ser percebida para além das fronteiras territoriais de países (nesse caso entre Brasil e Alemanha), mas também entre estados da federação (como Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná). “Nessa dimensão de 'pátria comum', o fotógrafo identifica o sentido do espaço que gera identidade cultural da Fronteira Sul, mas também provoca a reflexão sobre ecologia e economia, que nasce da ideia da 'casa comum', que precisa ser preservada. E nisso a contribuição de uma universidade é de grande responsabilidade, pois ela pode dinamizar a cultura humana e a própria forma de pensar das pessoas que aqui vivem”, pontua Andrioli.

Sobre a exposição

Como parte de um projeto de cultura da UFFS denominado Agricultura Familiar – Brasil e Alemanha, as fotografias foram captadas por Thomas Hager no mês de agosto de 2015, na região Sul da Alemanha, e nos meses de fevereiro e março de 2016 em localidades rurais próximas de Chapecó (SC), Cerro Largo (RS) e Realeza (PR). O projeto conta ainda com o apoio da Fetraf/PR e do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).

Sobre Thomas Hager

Thomas Hager é fotógrafo, cenógrafo e técnico audiovisual. É mestre em Designer Gráfico e Pintura, orientado pelo professor Robin Page, na Academia de Arte de Munique. Atualmente é professor de Fotografia no Departamento de Tecnologia de Mídia, na Universidade de Deggendorf.

Foi vencedor, duas vezes, do prêmio Fortunat Weigl der GEW Ebersberg (Gewerkschaft für Erziehung und Wissenschaft – Sindicato da Educação e Ciência), “Prêmio para a Democracia Viva", com a Associação Youth Initiative Grafing JIG (co-fundador da associação) e o Centro Cultural EBE.