UFFS promove palestra com Sophie Deram e lota Casa da Cultura de Realeza
Pesquisadora falou sobre recentes estudos nas áreas de nutrigenômica, transtornos alimentares e neurociência do comportamento, além de apresentar o livro "O peso das dietas".

Publicado em: 26 de março de 2019 15h03min / Atualizado em: 01 de abril de 2019 14h04min

O Auditório da Casa da Cultura de Realeza ficou lotado, nesta segunda-feira (25), para a Aula Magna da nutricionista e engenheira agrônoma franco-brasileira Sophie Deram. A pesquisadora veio a convite da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Realeza e falou sobre recentes estudos nas áreas de nutrigenômica, transtornos alimentares e neurociência do comportamento, além de apresentar o livro "O peso das dietas", que derruba uma série de mitos e crenças sobre a alimentação.

O evento foi aberto ao público em geral e contou com a participação de estudantes e professores de cursos de Nutrição de Realeza, Francisco Beltrão, Foz do Iguaçu e Guarapuava, além de profissionais da saúde da região. O evento foi organizado pela Coordenação do Curso de Nutrição da UFFS e pelo Centro Acadêmico, que também solicitaram a colaboração dos participantes para doação de alimentos não perecíveis. Foram arrecadados cerca de 150 quilos de alimentos, que serão distribuídos às famílias carentes indicadas pela Secretaria de Assistência Social de Realeza.

Estudantes e professores de cursos de Nutrição de Realeza, Francisco Beltrão, Foz do Iguaçu e Guarapuava participaram do evento (Ariel Tavares/UFFS)

Durante a palestra, Sophie Deram apresentou dados estáticos como o mapa mundial da fome, o avanço do diabetes e estudos recentes sobre fatores genéticos associados ao desenvolvimento da obesidade. Entretanto, enfatizou que o aparecimento de distúrbios alimentares também está ligado à condição neurocomportamental. "A regulação do peso é muito mais complexo. O comportamento é tão importante quanto o nutriente", destacou.

A pesquisadora também ressaltou que as dietas restritivas desregulam o cérebro, aumentando o risco de desregular o centro do apetite, o comer emocional e o aparecimento de compulsões e transtornos alimentares. "Ao invés de incentivar o paciente a fazer dieta, vamos incentivá-lo a comer melhor. Por consequência, a pessoa come em paz e acaba comendo menos", disse Deram.

Na finalização, a professora deu três dicas aos participantes e às pessoas que desejam ter uma alimentação mais sustentável e prazerosa: "1) Diga não às dietas restritivas; 2) Coma mais alimentos verdadeiros (que contenham menos aditivos e conservantes); e 3) Cozinhe", enfatizou Deram.

A pesquisadora também tem um canal no YouTube, no qual apresenta dicas, entrevistas e receitas: "Eu acredito no prazer de comer, sem culpa e sem ser escravo da balança. Fazer as pazes com a comida e o com corpo é a melhor maneira de chegar a um peso saudável", destaca na abertura do canal.

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