ATA Nº 2/CES/UFFS/2010

ATA DA 2ª SESSÃO ORDINÁRIA DE 2010 DO CONSELHO ESTRATÉGIGO SOCIAL

Aos treze dias do mês de setembro do ano de dois mil e dez, às quatorze horas, no Auditório do Campus Chapecó da UFFS, em Chapecó-SC, foi realizada a 2ª Sessão Ordinária do Conselho Estratégico Social – CES, da Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS. Fizeram-se presentes à sessão o Prof. Dr. Dilvo Ristoff, Reitor pro tempore da UFFS, Prof. Dr. Jaime Giolo, Vice-Reitor pro tempore da UFFS e os Pró-Reitores de Graduação e Pesquisa e Pós-Graduação. Foram empossados como conselheiros: Charles Reginatto, Fabiano da Luz e Gizélio Linhares. Foi empossado como conselheiro para esta sessão: Luís Fernando Santos Corrêa da Silva. Fizeram-se presentes à sessão os seguintes conselheiros: Prof. Dr. Ilton Benoni da Silva, Prof. Dr. Antônio Inácio Andrioli, Prof. Dr. Paulo Henrique Mayer, Prof. Dr. João Alfredo Braida, Canísio Roque Schmidt, Fátima Pansera, Elemar Cezimbra, Inácio Werle, Avelino Callegari, Nelson Gomes, Santo de Luca, Daniel Kothe, Marlo Flávio Tessaro, José Alexandre de Toni, Daniel Iunes Raimann, José Roberto de Oliveira, Deoclécio Corradi, Anacleto Zanella, João Costa de Oliveira, Marlene Catarina Stochero, Eduardo Gaievski, Luis Claudio Krajevski, José Carlos Radin, Giancarlo Dondoni Salton, André Carvalho Baida, Cristiano Silva de Carvalho, Ivandro de Amorin, Jaques de Toledo. O Prof. Dr. Dilvo Ristoff, cumprimentando os presentes, declarou aberta a 2ª Sessão Ordinária de 2010 do Conselho Estratégico Social. Em seguida, apresentou aos conselheiros a pauta da reunião com os seguintes itens: 1. Aprovação da Ata da 1ª Sessão Ordinária de 2010 do Conselho Estratégico Social; 2. Posse de conselheiros; 3. Posse para esta sessão de suplente de conselheiro; 4. Principais definições da I Conferência de Ensino, Pesquisa e Extensão - COEPE; 5. Estatuto da UFFS; 6. Eleição do Presidente do Conselho Estratégico Social. Ato contínuo o Prof. Dilvo colocou em votação a aprovação da Ata da 1ª Sessão Ordinária de 2010 do Conselho Estratégico Social. Aprovada por unanimidade. Após, procedeu-se à posse dos conselheiros Charles Reginatto – representante do movimento dos Pequenos Agricultores, com mandato de dois anos; Fabiano da Luz – representante da Associação dos Municípios do Oeste de Santa Catarina (AMOSC), com mandato de um ano e Gizélio Linhares – representante da Associação Comercial e Industrial de Laranjeiras do Sul (ACILS), com mandato de um ano. Em seguida, registrou-se a posse para esta sessão do Prof. Luis Fernando Santos Corrêa da Silva, representante docente da UFFS, como suplente do Prof. Marcelo Jacó Krug. Ato contínuo, passou-se para o item 4. Principais definições da I Conferência de Ensino, Pesquisa e Extensão. Passou-se a palavra ao Prof. Dr. Joviles Vitório Trevisol, Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação e presidente da Comissão Geral da I COEPE. O prof. Joviles cumprimentou aos presentes e falou que a decisão de realizar a I COEPE teve como objetivos principais, quais sejam: - definir as políticas fundamentais das três áreas fins da UFFS; e definir as ações prioritárias para os próximos anos. Explicou o professor que foi objetivo da 1ª COEPE o envolvimento da comunidade acadêmica e a comunidade externa, de modo que foi traçada uma metodologia que mobilizasse esses dois grupos; como resultado, a I COEPE envolveu cerca de quatro mil pessoas em três meses de trabalho em todos os campi da UFFS com praticamente as mesmas atividades desenvolvidas em cada campus. Foram realizados dez fóruns temáticos em cada campus, além da abertura e do encerramento. Nessas atividades, destacou-se o trabalho dos grupos de discussão, que consistiu em avaliar e sistematizar os resultados dos fóruns, para montagem do documento final da I COEPE. O prof. Joviles destacou a abertura do encerramento da I COEPE, no dia dois de setembro, com a conferência da Profª Drª Wrana Maria Panizzi, Vice-Presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPQ; e no dia seguinte, os trabalhos da plenária para fechamento do documento final, que será disponibilizado na página web da universidade e, posteriormente, uma publicação para o próximo ano de um livro que terá por base o documento final com mais dez artigos elaborados pelos coordenadores dos dez fóruns temáticos. Salientou o prof. Joviles a importância do trabalho em razão da legitimação e clareza que possibilita para os objetivos das áreas fins da universidade, como serão construídas as políticas e definidas as ações. Em seguida, o Prof. Joviles elencou as definições da I COEPE no que se refere à área da pesquisa e pós-graduação da universidade: foram pontuados quais os programas de mestrado e doutorado a serem trabalhados; foram indicados vinte cursos de especialização nos diferentes campi; foram levantadas as grandes áreas a partir das quais a pesquisa será trabalhada na UFFS; e, no que se refere à área da extensão universitária, há uma indicação ampla em torno de programas e projetos de extensão a serem implementados nos campi. Após, fez uso da palavra a Profª Drª Solange Maria Alves, Pró-Reitora de Graduação. Em relação à área da graduação, a profª Solange salientou que a I COEPE, além de proporcionar o encontro dos docentes e seu conhecimento para se discutir linhas gerais das políticas de graduação, apontou também a importância do estudo de viabilidade de novos cursos de graduação. Destacou a professora que essa demanda de cursos partiu da comunidade externa nos fóruns temáticos e que isto está no documento final da conferência. Em seguida, o prof. Dilvo abriu à plenária para discussão sobre os encaminhamentos da I COEPE. Fez uso da palavra o conselheiro Anacleto Zanella que destacou o reconhecimento dos conselheiros pelo trabalho de todos os envolvidos na realização da conferência. O conselheiro considerou a realização da COEPE como um fator democratizador do processo de consolidação da UFFS. Após, o conselheiro fez uma ressalva em relação à participação da comunidade externa por ocasião da última etapa da conferência; considerou que a comunidade externa poderia ter tido uma participação mais efetiva nesse momento e solicitou que o Conselho Estratégico e Social possa se aprofundar no processo de expansão, de decisão sobre os rumos da universidade. Em seguida, passou-se a palavra ao conselheiro José Roberto de Oliveira. O conselheiro destacou que a partir da COEPE percebeu-se uma aproximação dos movimentos sociais que trabalharam pela formação da universidade junto à comunidade acadêmica. Salientou a importância do diálogo dos movimentos sociais junto à universidade para fortalecer o caráter histórico da UFFS, já que a UFFS não se trata de uma universidade comum, mas uma instituição criada a partir da reivindicação da sociedade. Nesse momento, passou-se a palavra à conselheira Marlene Stochero. A conselheira destacou a preocupação do conselho no sentido de que os encaminhamentos da COEPE realmente sejam implementados pela universidade, preocupação essa percebida pelo conselho por parte da direção da UFFS. Salientou que o documento final da COEPE contempla a maioria das demandas do conselho e avaliou que nesse primeiro grande passo da universidade as demandas sociais foram ouvidas. Por fim, a conselheira, em nome dos movimentos sociais, assumiu o papel de aliada para a implementação efetiva dos resultados da I COEPE e, posteriormente, das demais conferências que a universidade realizará. Nesse momento, passou-se a palavra ao conselheiro João Costa de Oliveira. O conselheiro falou que para a região do Cantuquiriguaçu de Laranjeiras do Sul ficou evidenciado o ímpeto da universidade em considerar a realidade local para promover a transformação e, para o conjunto da sociedade, começa a aparecer uma forma nova de “fazer a cidade”, uma vez que até então o modus operandi das universidades ficava alheio às reais necessidades da comunidade local e que essa realidade começa a mudar. Nesse momento, passou-se a palavra ao Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação. O professor Joviles explicou que a decisão pela não participação dos membros do conselho estratégico na plenária final se deu porque a comunidade tinha participado dos fóruns temáticos, ocasião em que apresentou suas demandas e, que os professores, quando da realização do trabalho dos grupos de discussão, apresentaram essas contribuições da comunidade no documento final. Nesse sentido, por ocasião da plenária final, todas as contribuições da comunidade estariam contempladas, mas o exercício do voto seria reservado apenas aos quinze delegados de cada campus. O professor concluiu agradecendo o envolvimento da direção da universidade e a todos os envolvidos na realização da I COEPE. Em seguida, passou-se a palavra ao Prof. Dr. Ilton Benoni da Silva, Diretor do Campus Erechim. O conselheiro salientou que o principal produto da COEPE foi a criação de um modo de comunicação, uma pedagogia de construção da universidade, o que vai contribuir para o processo de decisão da UFFS. Destacou ainda o conselheiro a postura das pró-reitorias de graduação e pesquisa e pós-graduação, que demonstraram a compreensão do sentido da construção de uma instituição multicampi, a partir do modo de comunicação que adotaram para dialogar com os campi da universidade: um diálogo aberto, acolhedor com os campi mesmo com a dificuldade de articulação. Nesse momento, o Reitor da UFFS fez uso da palavra, dizendo que é importante que se tenha clareza nesse primeiro momento que não será possível realizar os treze cursos de mestrado propostos no documento final da I COEPE, mas que será necessário fazer opções e estabelecer prioridades, pois é assim que funciona a administração. Disse ainda o Reitor que o importante é que se tenha um norte e esse norte agora está colocado e com isso a discussão está em outro patamar, ela irá se aguçar a partir desse momento; os próximos passos deverão ser dados, considerando os ajustes necessários. O professor concluiu que em relação à COEPE, o próximo passo, no que se refere ao reitor, consiste em entender bem todas as propostas e iniciar o trabalho do plano da administração, envolvendo todas as pró-reitorias e todos os campi e, em breve, envolvendo o conselho universitário, além das diretrizes oriundas do conselho estratégico. Em relação à expectativa de ter o conselho universitário participando diretamente, o professor Dilvo explicou que a universidade está aguardando uma manifestação da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação para que o estatuto seja aprovado. Explicou ainda o professor, que há cerca de um mês houve uma manifestação da SESu dizendo que em princípio o estatuto da universidade estaria aprovado, com pequenos ajustes nas questões legais, mas que não precisaria ir mais para o Conselho Nacional de Educação. No entanto, há um conflito de interpretações no MEC, já que alguns entendem que a promoção pode ser feita pelo próprio MEC de duas maneiras diferentes, quais sejam: uma apenas com um simples despacho da SESu, ou com uma Portaria do Ministro da Educação; e outra, que seria necessário o envio para o Conselho Nacional de Educação. O professor salientou que esta última interpretação era o entendimento originário da administração da universidade, conforme a Lei nº 9.131, de 24/11/1995, que criou o Conselho Nacional de Educação, que prevê a aprovação dos estatutos das universidades. A última manifestação da SESu é que será enviado um ofício à UFFS dizendo que o estatuto está aprovado e, que no âmbito da autonomia universitária, poderá ser colocado em execução. Isso significa que, uma vez recebida essa carta de aprovação do estatuto, imediatamente a universidade poderá chamar eleições para constituir o primeiro Conselho Universitário da instituição. E, uma vez constituído o conselho universitário, poderá ser revista toda a legislação que até o momento está sendo criada por meio de portarias. Em síntese, o professor Dilvo concluiu, no que tange ao Estatuto da UFFS, que ele está concluído, foi encaminhado à SESu, está aguardando despacho; há um conflito com o CNE. O professor salientou ainda que alguns ajustes foram feitos com relação à legislação que o estatuto estava conflitando, entre eles era a reeleição do reitor, que segundo o estatuto, não permitia; no entanto a lei permite. Nesse sentido, o estatuto não pode proibir; pode ser adotado como política, mas não se pode proibir o que uma lei garante, disse o Reitor. Após, o prof. Dilvo destacou que o Programa de Bolsas Permanência da UFFS que disponibilizou cerca de um milhão e setecentos mil reais para estudantes carentes foi bem sucedido, está implantado. Explicou que foi constatado a existência de uma demanda muito grande de pessoas que não são carentes e que gostariam de ter bolsas, que não puderam ser contempladas com essas bolsas específicas. Com isso, decidiu-se na última reunião administrativa, que será implementado rapidamente um programa de bolsas de iniciação científica e um programa de bolsas monitoria, mas também um programa de “bolsas voluntário”, em que as pessoas poderão trabalhar voluntariamente nessas atividades, com os devidos registros acadêmicos, validando isso na sua trajetória, sem necessariamente todos receberem, já que muitos não estão interessados na bolsa, no dinheiro, mas nas atividades oferecidas; isso tudo independente da bolsa permanência, que se subdivide em dois tipos: uma bolsa de iniciação acadêmica que paga quatrocentos e cinquenta reais por mês e a bolsa permanência que possui uma contrapartida diferente. Nesse momento, o prof. Dilvo, fazendo referência ao encerramento do primeiro semestre letivo da UFFS, lembrou aos conselheiros do início das atividades no mês de março, quando não havia mesas, cadeiras, telefone, internet; e agora a universidade encontra-se num outro patamar, com a comunicação via internet já instalada em todos os campi e as matrículas já são realizadas on line. Em seguida, o prof. Dilvo comentou que o orçamento da universidade pra o ano de 2011 já está definido, será de cento e vinte e três milhões, do qual setenta e quatro milhões será de verba de capital, o que permitirá, somado aos recursos desse ano, seguir o cronograma. Comentou que os seis primeiros prédios já estão praticamente licitados; que se tratam de prédios de cinco mil metros quadrados cada, sendo dois para o Campus Chapecó e um para cada um dos demais campi. O professor disse ainda que a universidade trabalhará na licitação dos primeiros centros de convenções para cada campus. Além dos centros de convenções, teremos uma biblioteca provavelmente associada a esse centro. A idéia é que esse centro tenha um grande auditório e sempre alguns auditórios menores no entorno para que a cidade possa absorver eventos de maior porte. Também se está trabalhando na construção da casa do estudante, sendo uma para cada campus. O professor destacou que para manter esse cronograma a universidade está injetando cerca de cento e trinta mil reais por dia em cada Estado nos próximos dois anos, considerando a folha de pagamento de professores, técnicos, as bolsas e as obras previstas para até o final do próximo ano. O professor concluiu, falando sobre o momento de celebração do aniversário da UFFS; sobre o lançamento do selo da universidade e o carimbo que será utilizado pelos correios, como uma forma de divulgar a universidade, já que há muitas pessoas ainda não sabem da existência e funcionamento da UFFS. Nesse momento, abriu à palavra aos conselheiros que tivessem alguma dúvida sobre o estatuto. O conselheiro Marlo Tessaro solicitou alguns esclarecimentos sobre a versão final do estatuto, já que por ocasião da última reunião do conselho foram feitos vários apontamentos; se tudo o que ficou decidido pelo conselho foi contemplado nessa versão final, sobretudo a questão dos diretores de campi, se o Campus Chapecó teria ou não diretor. O prof. Jaime Giolo explicou que a proposta aprovada pelo conselho de o Campus Chapecó ser considerado um campus como os demais, com um diretor, foi encaminhada ao MEC, mas a posição do Ministério da Educação foi no entendimento de que o Campus-Sede é administrado pela Reitoria, o que implica não ter uma direção como os demais campi. Explicou ainda o prof. Giolo, no que se refere à composição dos conselhos, que a universidade terá setenta por cento de representação docente em seus conselhos deliberativos, conforme prevê a LDB; e que a universidade terá o Conselho Universitário com Câmaras Temáticas, o Conselho Curador e um Conselho de Campus deliberativo nos moldes do Conselho Universitário para cada um dos campi, e um Conselho Comunitário em cada campus, de natureza consultiva, nos moldes do Conselho Estratégico Social; ou seja, o Conselho Comunitário opera em nível de campus e o Conselho Estratégico no âmbito da Universidade como um todo. Destacou o Prof. Giolo que o estatuto prevê que a existência do conselho comunitário é facultativa. Nesse momento o conselheiro José Roberto de Oliveira salientou que é muito importante que a universidade tenha os conselhos comunitários em todos os campi, para que a universidade seja uníssona em sua administração. Em seguida, o conselheiro Prof. Ilton Benoni esclareceu que a proposta da criação dos conselhos comunitários partiu exatamente das diretorias dos campi, a partir da proposição do Campus Cerro Largo, de modo que a existência dos conselhos comunitários em todos os campi já é um consenso por parte dos diretores. Nesse momento, o conselheiro Cristiano Silva de Carvalho solicitou que fosse disponibilizado ao conselho o detalhamento da aplicação do orçamento, o planejamento de aplicação, de modo que os conselheiros possam, nas próximas reuniões, debater a aplicação do orçamento, analisá-lo, ter uma visão mais global de como será a política de investimento, a distribuição entre os campi. O Prof. Dilvo esclareceu que o orçamento ainda não está aprovado, trata-se de uma aprovação interna no âmbito do MEC. Que a universidade solicitou duzentos e sessenta milhões, mas conseguiu cento e vinte e três. O professor explicou que não dispõe do detalhamento da aplicação no momento, mas que a administração possui um princípio básico e que esse princípio é seguido em todos os momentos, mesmo com as peculiaridades que exigem os campi, “o princípio da proporcionalidade” que será seguido rigorosamente na distribuição de todos os recursos. Em seguida, passou-se ao item 6 da pauta - Eleição do Presidente do Conselho. O prof. Dilvo procedeu à leitura do art. 7º da Portaria nº 172/GR/UFFS/2010, que instituiu o Conselho Estratégico Social no âmbito da UFFS. O prof. sugeriu que se fizesse uma rodada de discussões para se definir o perfil desejado para a presidência do conselho; que se levantassem nomes, caso houvesse mais de um seria realizada um processo eleitoral. Nesse momento, o prof. Dilvo passou a condução dos trabalhos ao Prof. Jaime Giolo. Após, o conselheiro José Roberto de Oliveira explicou que o conselho já debateu na primeira reunião ordinária o perfil desejado para a presidência e pela parte da manhã um novo debate foi realizado, de modo que não seria necessário retomar essa discussão. Nesse momento, o conselheiro Marlo Tessaro explicou que uma das definições geradas por ocasião da primeira reunião do conselho foi que o presidente eleito deveria ser uma pessoa que participou ativamente de todo o movimento de implantação da UFFS e que o espaço da presidência seja administrado de modo a constituir um elo com os anseios da comunidade externa, inclusive com o movimento pró-universidade federal. Em seguida, o conselheiro Anacleto Zanella reforçou a importância que os movimentos sociais com representatividade no conselho estratégico tiveram no processo de mobilização da sociedade e conquista da UFFS. Solicitou o conselheiro que o conselho estratégico assuma o papel de representar esse conjunto, e que o presidente tenha o perfil de diálogo permanente entre a comunidade e a universidade. Fez alusão ao debate ocorrido pela manhã entre membros do conselho, onde essa premissa foi levantada e definida. Nesse momento, o conselheiro José Roberto de Oliveira sugeriu já haver discussões suficientes acerca do perfil da presidência do conselho, que se partisse diretamente para a apresentação dos candidatos à presidência. Nesse momento, o conselheiro Marlo Tessaro explicou que a maioria dos membros de conselho faz parte do movimento pró-universidade, sendo que todos receberam o comunicado sobre a reunião anterior à sessão do conselho; e uma das ações que ficou definida já na primeira reunião ordinária do conselho foi que sempre que houver reuniões do conselho estratégico o movimento pró-universidade, que se constituiu anteriormente ao surgimento da universidade, continuará a se reunir e debater o que é interesse do movimento. Nesse sentido, o conselheiro explicou que na reunião ocorrida pela manhã os pontos de pauta foram discutidos e em relação à presidência do conselho foi proposto o nome do conselheiro Anacleto Zanella, Secretário de Educação de Erechim, que representa no conselho a Associação dos Municípios do Alto Uruguai. Em seguida, o prof. Giolo explicou que outros nomes poderiam surgir apesar dessa importante articulação já com a apresentação de um nome para presidência. Como não houve mais manifestações de possíveis candidatos, o prof. Giolo sugeriu que o conselheiro Anacleto Zanella se manifestasse sobre sua indicação. O conselheiro Anacleto Zanella explicou que o conselheiro Marlo Tessaro também foi indicado para a presidência, que também possui todas as qualidades necessárias para a presidência do conselho, mas, após as discussões, decidiu-se por sua indicação, Anacleto, em razão de sua participação desde o início do movimento pró-universidade. Salientou o conselheiro as dificuldades encontradas durante o processo de conquista da universidade, no sentido de mobilizar vários municípios em três estados e apresentar à proposta ao MEC. Sendo assim, decidiu-se que, nessa fase inicial do conselho estratégico, o presidente deveria ser alguém que participou de todo esse processo de conquista e implantação da UFFS, razão pela qual seu nome foi indicado. Nesse momento, o prof. Giolo destacou a presença na reunião do conselho do Senhor Marcos Aurélio de Souza Brito, Coordenador-Geral de Gestão da Rede de IFES da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação. Em seguida, o conselheiro Anacleto Zanella salientou a importância da visão por parte da presidência do conselho da peculiaridade da UFFS no que se refere à participação de toda a comunidade nas decisões institucionais, que essa característica constitutiva da universidade seja observada e mantida. Após, o prof. Giolo indagou aos conselheiros sobre um consenso em relação à propositura do conselheiro Anacleto Zanella. Como não houvesse manifestações e nenhum outro conselheiro fora indicado, o conselheiro Anacleto Zanella, por aclamação dos conselheiros, foi declarado eleito o presidente do Conselho Estratégico Social da Universidade Federal da Fronteira Sul, com mandato de um ano prorrogável por mais um. Nesse momento, o Reitor da UFFS retomou a palavra. O prof. Dilvo explicou que não há previsão para um vice-presidente no Conselho Estratégico no Estatuto da UFFS. Sendo assim, o prof. Dilvo sugeriu, caso haja consenso do conselho, que seja eleito um presidente substituto, a partir de um acordo no âmbito do conselho. Como houvesse consenso por parte do conselho, decidiu-se pela eleição do conselheiro Marlo Tessaro como presidente substituto do conselho estratégico. Em seguida, o prof. Dilvo passou a palavra ao Senhor Marcos Aurélio de Souza Brito. O senhor Marcos Aurélio agradeceu o convite para participar da comemoração desse primeiro ano de criação da UFFS; parabenizou aos conselheiros por participarem desse processo de implantação da universidade e salientou a relevância desse momento histórico; parabenizou também ao reitor da UFFS pelo brilhantismo e determinação na condução desse processo de implantação e ratificou o compromisso da Diretoria de Desenvolvimento da Rede de IFES de estar sempre à disposição da UFFS. Em seguida, o prof. Dilvo salientou que esse processo foi construído em conjunto e destacou que graças à força dos movimentos sociais na garantia da frente política foi possível avançar do modo como a universidade avançou; principalmente no que tange à criação da Lei nº 12.029, aprovada em 15 de setembro de 2009. O prof. Dilvo relembrou aos conselheiros do momento da apresentação do projeto de lei no senado, momento esse de alegria e tensão, em razão da necessidade de aprovação do texto para que a universidade conseguisse iniciar seus trabalhos em março de 2010. Destacou a importância de naquele momento inúmeras atividades estarem concluídas aguardando tão somente a autorização dos concursos, que ocorrera em 15 de outubro de 2009; e salientou o apoio do senhor Marcos Aurélio que interferiu em favor da UFFS para que a homologação dos concursos fosse possível ainda no mês de dezembro de 2009. Após, o reitor transferiu a condução dos trabalhos ao presidente eleito, conselheiro Anacleto Zanella. O presidente do conselho agradeceu o apoio recebido dos membros do conselho, dos movimentos sociais, do posicionamento da reitoria da universidade e dos diretores de campi pela participação efetiva da sociedade organizada no conselho e em sua presidência. Salientou o esforço do Prof. Dilvo e da equipe diretiva na construção da universidade, do empenho e dedicação na articulação das tomadas de decisões ouvindo sempre a comunidade. O presidente, em nome do conselho estratégico parabenizou ao reitor e a direção da UFFS pelo sucesso que é a Universidade Federal da Fronteira Sul sempre mantendo a característica de uma universidade pública de qualidade que está intimamente ligada à voz da comunidade em que está inserida. Por fim, o presidente disse que o conselho estratégico terá ainda mais uma reunião nesse ano cuja pauta será construída conjuntamente pelas demandas das entidades representadas no conselho, os campi e a reitoria da UFFS. Em seguida, o reitor sugeriu que para próxima reunião do conselho, seja incluída como ponto de pauta uma avaliação do primeiro ano letivo na universidade, a partir dos dados do relatório gerencial que está sendo construído; em suma, um balanço do que foi o primeiro plano letivo, já que o funcionamento de fato iniciou em 29 de março de 2010. O presidente do conselho acatou a sugestão do reitor e declarou encerrada a 2ª Reunião Ordinária de 2010 do Conselho Estratégico Social. Não havendo mais nada a tratar, eu, Clotilde Maria Ternes Ceccato, Chefe de Gabinete, lavrei a presente Ata, que aprovada, segue devidamente assinada.

Data do ato: Chapecó-SC, 13 de setembro de 2010.
Data de publicação: 30 de março de 2017.

Dilvo Ilvo Ristoff
Presidente do Conselho Estratégico Social

Documento Histórico

ATA Nº 2/CES/UFFS/2010