Publicado em: 11 de agosto de 2017 18h08min / Atualizado em: 14 de agosto de 2017 08h08min
Combinar o aprendizado de uma língua com conhecimentos culturais de países que falam aquele idioma. É com a produção, edição, revisão e publicação online que alunos de Letras: Português e Espanhol da UFFS – Campus Chapecó intensificam os estudos no componente curricular da sétima fase “Estudos avançados em Língua Espanhola I: Prática de Textos I”, ministrado pela professora Maria José Laiño.
O Jornal “El Mundo Hispano Americano” está na segunda edição. Conforme a professora, ele tem como tema a Hispano América e aspectos culturais. Os estudantes escolheram, dentro dessa gama de possibilidades, seus temas específicos e produziram textos de gêneros diferentes, selecionados pela professora e posteriormente sorteados.
Para a professora, o jornal tem surtido o efeito esperado no aprendizado dos estudantes. “Produzir gêneros textuais de maneira processual é sempre um ganho ao aluno. Quando o trabalho é feito com a escrita de mais de uma versão do mesmo texto, o aluno aprende a criar estratégias de escrita e conhece melhor as características do gênero que escreve. Além disso, também aprende sobre elementos culturais de países vizinhos, o que completa o aprendizado de uma língua, lembrando que a língua é um construtor que se conforma de várias partes, e uma delas é a cultura”, avaliou.
A estudante Gabriele de Aguiar sentiu, ao realizar as tarefas, justamente o que a professora menciona. “Conseguimos perceber que língua e cultura estão intrinsecamente ligadas. Assim, ao redigir nosso trabalho em língua espanhola, consequentemente, apresentamos a cultura de vários países hispanofalantes. Eu, inclusive, trouxe aspectos interessantíssimos do Chile”. O colega de Gabriele, Eduardo Henrique Brizola, destacou que com o trabalho, pode ter noção de parte da identidade de alguns países latino-americanos dos quais ainda não tinha ideia. “Consequentemente, o anseio por aprender espanhol cresceu na mesma medida que o desejo de aprofundar-se em aspectos culturais de países que falam essa língua”, ressaltou.
Mas todo o processo não foi fácil. Para a estudante Elisete Dessbesel, três pontos (interligados) foram as maiores dificuldades: “a definição de uma pauta, não por não existirem assuntos pertinentes, mas sim por não saber que critério seguir para eleger um ou outro tema; a escrita do texto, já que escrever é uma tarefa árdua! Pude perceber o quanto os jornalistas se esforçam, pois para escrever um pouco mais de uma página, tive que ler dezenas de outras; e a adequação ao gênero textual: fiquei encarregada de escrever uma reportagem, um gênero do discurso que está mais próximo de nós. Mesmo assim, em alguns momentos da produção, precisava voltar para ver se os elementos estavam conectados e formando uma reportagem”, descreveu.
Apesar das dificuldades, a estudante Eloisa Mello considera o resultado bastante positivo. Para ela, “foi ótimo olhar para a página com meu trabalho e pensar que valeu a pena a busca de novas informações”. E Elisete completa: “Sem sombra de dúvidas, o mais gratificante foi ver nosso trabalho finalizado e o jornal pronto. Senti um grande orgulho de mim e de meus colegas, já que o Espanhol e a América Latina nos fascinam”.
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