Servidores e terceirizados realizam avaliação e segregação de resíduos produzidos no Campus Chapecó
Ação foi essencial para o desenvolvimento do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS)

Publicado em: 11 de janeiro de 2018 12h01min / Atualizado em: 15 de janeiro de 2018 10h01min

A UFFS – Campus Chapecó está prestes a ter um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS). O documento está em elaboração e deverá ficar pronto até o dia 30, para posteriores análises e oficialização. Uma das etapas mais importantes e árduas foi o processo de avaliação e segregação de resíduos produzidos no Campus Chapecó, feito entre 7 e 14 de novembro do último ano.

A ação foi realizada conjuntamente entre a área de Gestão Ambiental (ligada à Assessoria de Infraestrutura e Gestão Ambiental do Campus) e os colaboradores terceirizados que fazem a coleta e distinção dos resíduos gerados pela comunidade acadêmica. Os servidores Marcelo Crizel e Odinei Fogolari (Técnico e Tecnólogo em Química, respectivamente – membros da comissão do PGRS) e os terceirizados ficaram responsáveis pela separação e análises. Os resíduos foram separados em 13 subclasses, a partir de duas classes principais (orgânico e reciclável), podendo, desta forma, perceber a fundo a composição do lixo, chamado perfil gravimétrico. Segundo Crizel, o trabalho foi bastante árduo e requereu dedicação, atenção e conscientização da equipe.

Mas a ação trouxe bons resultados: proporcionou observações importantes sobre os serviços prestados e, principalmente, sobre o comportamento dos usuários com relação ao descarte de materiais após o consumo de determinado produto. “Ficamos decepcionados e impressionados com a forma como as pessoas agem com relação ao descarte dos restos de alimentos ou embalagens derivadas do consumo. Foi possível encontrar as mais diferentes misturas no interior dos sacos que acondicionam os materiais coletados nas lixeiras. Notou-se que, na correria do dia a dia e com a alienação causada pelos aplicativos sempre ao alcance de nossas mãos, somos incapazes de realizar observações simples como atentar-nos simplesmente à cor da lixeira e ao tipo de resíduo que está em nossas mãos no momento de jogá-lo nos coletores”, observou.

Os próximos passos serão as ações educacionais. “Todos somos responsáveis pelos atos praticados e, se queremos evoluir para melhor, temos que nos tornar fiscais de nossas ações por onde andarmos e cobrar uns aos outros de forma a criar uma cultura preservacionista exemplar”, destacou o Técnico em Química da UFFS – Campus Chapecó.

Quais são os resíduos gerados na UFFS?

Na UFFS, são gerados resíduos das mais diversas categorias, como: recicláveis secos (plástico, papel, metal, vidro); recicláveis úmidos (restos alimentares orgânicos); rejeitos (papel higiênico e outros sem possibilidade de valorização); laboratoriais perigosos (resíduos químicos e infectantes); de limpeza (podas, roçagem, varrição, lixeiras), entre outros. Pela apuração feita até o momento, o Campus Chapecó gera cerca de 30 toneladas de resíduos ao mês (veja, abaixo, o perfil gravimétrico).

Orientações gerais à Comunidade Acadêmica

Para Crizel, participar da Coleta Seletiva Solidária é um gesto simples: “basta promover a separação correta dos resíduos sólidos e descartá-los nos locais adequados. Cada um deverá fazer a sua parte. A UFFS fará sua parte em disponibilizar o sistema de coleta seletiva – com inclusão de catadores. Caberá ao usuário segregar corretamente seus resíduos e passar a ideia adiante. Quem se importa, separa.”.

Atualmente existem coletores distribuídos nas áreas internas e externas do Campus. Os coletores internos são destinados à separação de lixo orgânico com sacos na cor marrom (restos de comida, papéis ou papelão úmidos, cascas e frutas, resíduos de lixeiras de banheiros, folhagens, guardanapos, toalhas e lenços de papel molhados ou engordurados, sachês de chá, balas e chicletes). Os coletores de lixo seco ou reciclável são identificados por sacos na cor azul (plásticos em geral, isopor, papel e papelão secos, latinhas, embalagens tetra pak, papéis de embrulho, sacolas plásticas, jornais, folhetos e embalagens de papel). “É importante que todos os resíduos recicláveis e papéis estejam limpos e não contenham restos por exemplo de líquidos como café”, instrui ele.

 

Orientações quem quiser adotar as práticas em casa

Inicialmente é necessário buscar informações sobre a coleta seletiva da cidade, inclusive sobre os dias em que o caminhão da coleta seletiva passa em cada rua ou bairro. Em Chapecó, a empresa Tucano, responsável pela coleta, disponibiliza em seu site (http://www.grupotucano.com.br/horarios-de-coleta.php) as informações sobre o sistema. “A partir disso, você realiza a separação dos resíduos sólidos que gera em casa, segregando e acondicionando adequadamente os recicláveis, como plástico, metal, papel e vidro, para encaminhar à coleta seletiva”, pontua Crizel.

Ele sugere que para os orgânicos seja feita a compostagem, com métodos que podem ser realizados nas próprias residências, como o minhocário ou a compostagem em leiras, caixotes ou bombonas. Como última opção, caso não seja factível a degradação dos resíduos orgânicos em domicílio, é possível acondicionar os rejeitos em sacos plásticos e descartar para serem recolhidos nos dias em que o caminhão da coleta convencional passa pela sua rua, sempre de forma adequada para que animais não rasguem os sacos com os rejeitos. “Existem, em diversos sites, muitas informações sobre como praticar a responsabilidade socioambiental com os resíduos”, destaca o técnico.



Total de resíduo segregado
 Período de 07/11 a 14/11/2017 = 812Kg




Cabe adicionar ainda que o RU produz em média 80 kg/dia de resíduos orgânicos (não contabilizados no gráfico).