Publicado em: 13 de novembro de 2024 09h11min / Atualizado em: 13 de novembro de 2024 09h11min
A UFFS é a primeira instituição de Santa Catarina a compor a Rede de Laboratórios de Alfabetização nas Universidades (AlfaLabs). A rede é nacional e a UFFS – Campus Chapecó é representada pela professora Manuela Eckstein, do curso de Pedagogia.
Compondo a rede, a professora explica que pretende criar um laboratório na Instituição e, para isso, aproveitará o contato com outros pesquisadores para entender possibilidades e limitações a partir de experiências de outras universidades. Segundo ela, o laboratório não necessariamente precisará ter um espaço físico, mas sim, materiais didáticos para melhorar, cada vez mais, a formação de professores. “É importante estarmos na rede para nos aproximarmos de diferentes instituições, trocar informações e falarmos sobre pesquisas na área”.
Os encontros da rede acontecem a cada dois meses, em média. Em breve, a professora irá para a UFRGS, para um encontro com a professora Patrícia Camini. Lá, pretende receber mais indicações e caminhos para a criação do laboratório na UFFS.
A professora Manuela já desenvolve um projeto de extensão nesse sentido. É o chamado “Troca de Cartas”, no qual graduandos de Pedagogia e Letras se correspondem com estudantes de escolas. A intenção é que as cartas enviadas pelos graduandos sejam “verdadeiras aulas”, com mapas, imagens, fotografias e várias informações escritas. Muitas intervenções didáticas são discutidas antes de receber e enviar as cartas às crianças. Por exemplo: um acadêmico recebeu a carta de uma criança em letra bastão. Nesse caso, sugere-se que se escreva da mesma forma que a criança, para iniciar um momento de aproximação. As crianças esbanjam criatividade e interesse em saber sobre as pessoas com quem se correspondem.
Dos materiais gerados, a professora e os 17 graduandos interessados, se reúnem no grupo de estudos e discutem possíveis intervenções didáticas a partir das cartas. Isso inclui trabalho com literatura infantil e intervenções didáticas na escrita e leitura. No fim de 2024, a professora levará um certificado de participação às crianças, além das cartinhas que receberam e enviaram.
Para fins de estudo e pesquisa, o material fará parte de um e-book, assim como textos de reflexões sobre o “Troca de Cartas”. Mas a ideia é ir além.
O plano da professora é criar um programa de extensão, o “Brincaletras”. Além do projeto Troca de Cartas, o objetivo é compor o programa com outros dois projetos: um de formação de professores (capacitando docentes alfabetizadores das escolas para realizarem intervenções didáticas envolvendo a alfabetização) e outro, no qual os graduandos vão à campo, ou seja, atendem crianças que precisam de ajuda nos processos de leitura e escrita e que precisam de um atendimento individualizado. O objetivo é se aproximar cada vez mais da comunidade e contribuir com a formação desses estudantes.
Para finalizar, a professora convida outros pesquisadores da própria UFFS para integrarem a rede e interagirem internamente sobre os temas ligados à alfabetização. Os interessados podem escrever para manuela.eckstein@uffs.edu.br.
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