Efeitos da alteração do uso do solo em bacias hidrográficas é tema de pesquisa no Campus Erechim

Publicado em: 10 de dezembro de 2014 12h12min / Atualizado em: 09 de janeiro de 2017 09h01min

Um projeto coordenado pelo professor da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Erechim, Roberto Valmir da Silva, vai estudar os efeitos da alteração do uso do solo em bacias hidrográficas, especialmente em relação à quantidade de água que elas produzem. Recentemente o projeto foi aprovado em Chamada Universal do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)/Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e, dessa forma, poderá receber até R$ 30 mil para custeio das atividades.

Com o título “Efeitos da alteração do uso do solo em bacias hidrográficas na quantidade da água sob mudanças climáticas”, o projeto tem como objetivo estudar a influência de alterações nas bacias hidrográficas ocasionadas pelo uso da terra, como por exemplo, para atividades agropecuárias. “Em conjunto com as mudanças climáticas esta influência pode acarretar o comprometimento de mananciais, prejudicando os diversos usos da água, tais como irrigação e abastecimento de água potável. Como a demanda por água é cada vez maior, em virtude do crescimento populacional e consumo, a preocupação sobre o uso da terra torna-se cada vez mais relevante”, afirma o professor.

A pesquisa estudará os efeitos em quatro bacias hidrográficas: bacia Boa Vista (Rondônia), bacia Rio Jaguari (Rio Grande do Sul), bacia Rio Piratini (Rio Grande do Sul) e bacia Rio Ligeiro (Rio Grande do Sul). Segundo Silva, o motivo da pesquisa ser realizada também em Rondônia é por ser necessária uma bacia hidrográfica que tenha como característica a menor influência de ações antrópicas (causadas pelo ser humano) possível, ou seja, ainda preservada. “Com ela podemos comparar os resultados da metodologia com as outras bacias analisadas, que sofreram interferências antrópicas”, comenta o professor.

Silva explica que na UFFS a pesquisa contará com a participação de estudantes do Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental (PPGCTA) e de Iniciação Científica. Já externamente, o projeto envolverá a colaboração de professores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Universidade Federal de Rondônia (UNIR).