UFFS oferece curso de formação a professores visando fomentar Feiras de Ciências

Publicado em: 01 de abril de 2014 13h04min / Atualizado em: 09 de janeiro de 2017 07h01min

Incentivar a investigação científica em escolas e na Universidade por meio da realização da Integrasul: Feira Interestadual de Investigações em Ciências. Esse é o objetivo geral de um projeto em execução pela Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) e Unipampa. Como parte da proposta, um curso de formação está sendo oferecido para gestores escolares e professores da rede estadual, municipal e particular de ensino que atuam na área de Ciências da Natureza nos anos finais do Ensino Fundamental ou no Ensino Médio.

Duas turmas serão formadas na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) para a capacitação, uma no Campus Erechim e outra no Campus Realeza. Estão disponíveis 40 vagas em cada Campus. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas até o dia 20 de abril, por meio do blog do projeto: integrasulciencias.blogspot.com.br. O curso terá 40 horas de duração, divididas no período de abril a agosto de 2014.

O projeto

O projeto “Potencializando a Investigação em Ciências Naturais no Espaço-tempo da Escola e da Universidade na Região Sul do Brasil” será desenvolvido nas cidades de Erechim e Dom Pedrito, no Rio Grande do Sul, e em Realeza, no Paraná. Conforme a coordenadora das atividades na UFFS – Campus Erechim, professora Cherlei Marcia Coan, o objetivo é desenvolver um processo de produção de conhecimento científico nas escolas envolvidas, por meio de projetos que possam culminar em Feiras de Ciências locais e na Integrasul, com caráter interestadual.

Para tanto, a primeira fase do projeto constituiu-se na confecção de material didático, que será utilizado nas demais etapas. O curso de formação de professores é a segunda fase, necessária para que o desenvolvimento das atividades aconteça de forma a envolver as escolas e a trabalhar, efetivamente, com conhecimento científico.

Para a professora Marilisa Bialvo Hoffmann, que coordena a execução das atividades no Campus Realeza, o importante do projeto está no fato de não ver as Feiras de Ciências como a etapa principal, mas ter o foco no processo de construção do conhecimento científico, juntamente com os professores das escolas envolvidas. “Por isso a importância da participação dos professores no curso de formação, pois serão problematizados temas relacionados à própria concepção de Feira de Ciências, Natureza da Ciência, Ensino e Aprendizagem, entre outros. A expectativa é que consigamos integrar o processo de formação e as temáticas a assuntos de importância local, da comunidade escolar e das cidades envolvidas”, ressalta.

Cronograma

Os projetos a serem desenvolvidos nas escolas e que serão socializados nas Feiras poderão abranger três eixos temáticos: Ambiental, Tecnologias, Arte e Expressão. “É importante que os trabalhos tenham como horizonte de ação o diálogo da escola com a sociedade. Por esta razão é necessário incluir a comunidade nas ações da escola e valorizar a presença da escola na problematização de temáticas da realidade local, resultando daí um compromisso de ambos os lados, escola e comunidade, com a compreensão e solução compartilhada das temáticas em estudo, o que representa um importante aprendizado de cidadania”, explica Cherlei.

A previsão é que as Feiras de Ciências, nas quais serão socializados os resultados dos projetos desenvolvidos, ocorram, em âmbito escolar, no final deste ano. Já as feiras municipais estão previstas para maio de 2015.

Em Erechim, são parceiras da iniciativa a Secretaria Municipal de Educação e a 15ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE). Em Realeza, a Secretaria Municipal de Educação apoia a iniciativa.

Feira Interestadual

O fechamento do projeto está previsto para junho de 2015, com a realização da Integrasul: Feira Interestadual de Investigações em Ciências, na cidade de Erechim/RS. No evento deverão ser apresentados 30 projetos que se destacarem nas feiras municipais e, dentre esses, serão premiados com 10 bolsas de iniciação científica, com duração de seis meses, os que tiverem melhor avaliação.

As atividades contam com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ministério da Educação e Ministério da Ciência e Tecnologia.