Egressos – parte 5: após Graduação, ex-estudantes de Letras – Português e Espanhol estão aptos a escrever sua própria história
Atuando em escolas da região e continuando com os estudos na área, egressos do curso orgulham-se de poder fazer parte do círculo de ensinar e aprender

Publicado em: 28 de junho de 2019 14h06min / Atualizado em: 03 de julho de 2019 10h07min

Fernanda atua em duas escolas como professora, em Santa Rosa, Cleiton é doutorando em Letras na UFSM e também é professor de escola em Salvador das Missões e Claridiane é mestra em Letras pela UFSM, já foi professora substituta por dois anos na UFFS e hoje é professora em uma escola em São Pedro do Butiá e Salvador das Missões. Antes motivados pela Universidade, hoje são seus alunos que os incentivam a buscar conhecimento. Vamos conhecer suas histórias.

 

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Natural de São Luiz Gonzaga, Fernanda Machado tem 23 anos, formou-se em 2017 e hoje trabalha na Escola Estadual de Educação Básica Cruzeiro, além de ser professora em uma escola particular, em Santa Rosa. Como muitos estudantes que cursam licenciatura, Fernanda teve a oportunidade de fazer o PIBID e conta que desde o segundo semestre da Graduação, já tinha contato com os alunos do Ensino Médio e já ministrava aulas de Literatura em escolas de Cerro Largo. “Foi de extrema importância esse conhecimento acerca da área que fez com que eu me visse como uma professora de linguagens. Acredito que essa oportunidade me incentivou dentro do campo profissional que sigo hoje. A partir daquele momento, percebi que era algo que eu realmente gostava. Um dos pontos mais importantes foi a possibilidade de presenciar o desenvolvimento de alunos quanto a suas leituras de mundo, tornando-se cidadãos formadores de ideias e empenhados em transformar a sua realidade a partir do conhecimento de outras”, relembra Fernanda.

Mais tarde, conta ela, participou de um projeto de extensão intitulado Linguagem, Cultura e Marketing: práticas de leitura e produção de textos, no qual teve “a oportunidade de intercambiar conhecimentos e, acima de tudo, ter contato com outras áreas do conhecimento". Além disso, ela afirma: "Tive, a partir dessas inserções, a possibilidade de conhecer as áreas de estudo e conhecimento nas quais viso o meu estudo e carreira profissional”. Fernanda pretende, no futuro, aprofundar-se no assunto linguagem e comunicação.

A professora avalia a presença da UFFS em Cerro Largo com uma visão social e humana ampla: uma forma de crescimento econômico. “A UFFS foi uma grande conquista para as pessoas da região missioneira. Uma oportunidade para muitos cidadãos que gostariam de ter uma Graduação, além de possibilitar que a região se beneficiasse com pessoas formadas com excelência por uma instituição pública de ensino. Além disso, as pesquisas feitas pelos acadêmicos, a Empresa Júnior, o PIBID, o PET e demais programas oferecidos pela UFFS possibilitam que as escolas, comércio e demais serviços tenham contato e crescimento a partir de inovações técnicas e científicas”, diz. Pessoalmente, muitas portas foram abertas para ela a partir da Graduação em Letras. “A UFFS possibilitou muitas mudanças de vida. Ela é formadora de cidadãos críticos, pensantes e, acima de tudo, que atuam como sujeitos transformadores dentro do contexto social no qual estão inseridos”, orgulha-se.

Foi assim também para Cleiton Reisdorfer Silva, de 29 anos, formado em 2016, que hoje faz doutorado em Estudos Linguísticos na UFSM, em Santa Maria, e é professor no município de Salvador das Missões. Ele é de Pirapó e afirma que sem a UFFS não teria feito Graduação, pois não havia condições de ir para outra cidade e seguiria uma carreira completamente diferente. A clareza quanto ao que faria após a Graduação surgiu logo nos dois primeiros semestres, “tomando como exemplo alguns excelentes professores que tive”, afirma. Ao longo do curso, ele participou de programas de iniciação à docência momento em que pode reafirmar sua escolha profissional e “vivenciar um pouco da realidade escolar antes mesmo dos estágios”, relata.

De ex-aluna de Letras da UFFS – Campus Cerro Largo para professora do curso no mesmo Campus: a egressa Claridiane de Camargo Stefanello, formada em 2015, participou do concurso para professora substituta e foi selecionada para ter essa experiência por um período de 2 anos. “Pude vivenciar a intensa prática docente no curso superior em que graduei”, orgulha-se. Ela hoje é mestra em Estudos Linguísticos pela UFSM, em Santa Maria, e mora em Roque Gonzales. Atualmente participa como preceptora no Programa de Residência Pedagógica na área de Espanhol em uma das escolas em que trabalha. “Mais uma oportunidade oferecida pela UFFS que vem a enriquecer não só a minha formação continuada, como também auxiliar em um aperfeiçoamento na formação inicial dos futuros docentes, a fortalecer um processo de ensino e aprendizagem nas habilidades e competências de sala de aula e a possibilitar a realização de um ensino de qualidade promovendo a troca de ideias e a reflexão entre teoria e a prática docente”, relata.

Assim como para seus colegas, Fernanda e Cleiton, a UFFS foi um divisor de águas para Claridiane. “Durante os cinco anos de curso, vivenciei os projetos institucionalizados, tais como pesquisa, extensão e PIBID. As inúmeras viagens de estudo proporcionaram a ampliação do meu conhecimento e os professores contribuíram com o melhor que cada um tinha, pois, por ser uma licenciatura dupla, exigiu-me, sem dúvidas, maior aprofundamento e comprometimento com os estudos”, finaliza.

 

 

 

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