Inicia fase de campo de projeto que vai diagnosticar situação dos resíduos sólidos em SC
Professora Rosiléa Garcia França, do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da UFFS, é a coordenadora técnica da pesquisa na Mesorregião Oeste

Publicado em: 21 de fevereiro de 2025 13h02min / Atualizado em: 21 de fevereiro de 2025 13h02min

Pesquisadores da UFFS – Campus Chapecó que fazem parte da Rede Cooperativa Estadual de Pesquisa em Resíduos Sólidos iniciaram, na terça-feira (18), as visitas aos municípios. A primeira apresentação foi a representantes da prefeitura de Chapecó. A professora Rosiléa França, a bolsista e egressa da UFFS, Maria Gabriela Knapp, e os bolsistas de Iniciação Científica, Nicole Rocha de Farias, e Gabriel Luan Luft, estiveram com a gerente de Resíduos Sólidos, Graciela Heckler, e o fiscal de Meio Ambiente, Matheus Rossette.

O projeto, financiado pela Fapesc, acontece com a participação de nove Instituições de Ensino Superior, que pesquisarão sobre a geração, o manejo e a destinação de resíduos sólidos, e consolidarão os dados em um diagnóstico englobando todos os 295 municípios catarinenses. O grupo ainda proporá cenários para subsidiar a revisão do Plano Estadual de Resíduos Sólidos (PERS/SC). Na mesorregião Oeste catarinense – sob a coordenação geral da professora Rosiléa – UFFS, Unochapecó e Unoesc Joaçaba farão pesquisas em 118 municípios. Cabe à equipe da UFFS o levantamento de dados de 45 municípios.

As visitas aos municípios, conforme a professora Rosiléa, acontecem somente depois de uma série de ações. Dentre elas, os levantamentos de dados secundários, o contato telefônico, o envio de documentos (como por exemplo, o Protocolo de Apoio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e da Economia Verde - SEMAE) e o pedido da primeira reunião (presencial ou online). Após inicia-se a visita aos municípios para coleta de dados primários.

Na reunião com os representantes de Chapecó, características dos municípios, como o número de habitantes, foram mostradas. Na Mesorregião Oeste de Santa Catarina, 104 municípios têm até 20 mil habitantes; nove, de 20.001 a 50 mil; quatro, de 50.001 a 100 mil; e um (Chapecó), de 100.001 a 900 mil. “A depender do porte e característica do município, haverá diferentes desafios para a busca de informações, visto que muitos não possuem secretaria e/ou gerências específicas para a gestão de resíduos”, comenta Maria.

Também foram apresentados os dados secundários, disponíveis em sites e portais de instituições diversas. Neles, o grupo identificou, por exemplo, que 30 municípios da Mesorregião disponibilizam on-line seus planos intermunicipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PIGIRS), 78 disponibilizam seus planos municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) e dez não tiveram seus planos encontrados.

Outro ponto comentado foi a ferramenta que será utilizada para a pesquisa: uma grande planilha com oito temáticas: 1. Informações gerais; 2. Logística reversa; 3. Aspectos financeiros; 4. Aspectos Sociais; 5. Unidades de gerenciamento; 6. Balanço de massa; 7. Sistemas de coleta; e 8. Rotas de coleta.
Ao longo da reunião, os pesquisadores e os representantes da prefeitura trocaram de ideias a respeito do projeto e de assuntos pontuais ligados a resíduos sólidos em Chapecó. Para a professora, a receptividade do projeto foi positiva, já que os representantes se comprometeram em contribuir com as informações necessárias.

Por fim, a coordenadora técnica da Mesorregião Oeste, professora Rosiléa, destacou a importância do engajamento no projeto. “É muito importante que os gestores públicos, empresas públicas e privadas e comunidades participem ativamente da segunda fase do projeto. A colaboração de todos é essencial para entender a gestão dos resíduos nos municípios e, desta forma, trazer subsídios para atualizar o Plano Estadual de Resíduos Sólidos mais eficiente, impulsionando o desenvolvimento econômico, social e ambiental em Santa Catarina.”