Publicado em: 02 de agosto de 2016 14h08min / Atualizado em: 04 de janeiro de 2017 11h01min
O número cada vez maior de gravidezes indesejadas e de doenças sexualmente transmissíveis entre adolescentes, levou professora e estudantes do curso de Enfermagem da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Chapecó a debater esses temas nas escolas do município.
A professora Érica de Brito Pitilin, que está à frente das atividades, afirmou que as adolescentes geralmente não possuem um diálogo aberto com a família, por se tratar de assuntos que ainda são considerados tabus e acabam procurando informações sobre sua saúde com amigas ou na internet. “Nem sempre essas informações são confiáveis, o que causa mais problemas. Além disso não existe uma política pública de saúde para adolescentes para um atendimento específico nas unidades de saúde, o que às vezes dificulta a ida dessas adolescentes para o atendimento”.
Assim, as atividades realizadas nas escolas têm como foco a educação para a saúde e envolvem dinâmicas, jogos e entrega de material informativo para que as estudantes tenham a oportunidade de tirar suas dúvidas sobre assuntos que envolvem seu corpo e sua sexualidade. “Tratamos de assuntos que variam conforme a idade e buscamos também o envolvimento dos meninos, pois no caso de uma gravidez não planejada, eles também têm responsabilidade”, explicou Érica.
Para ela, além do trabalho realizado nas escolas, os pais devem abrir um canal de diálogo com seus filhos e filhas e educar para o sexo seguro, sem repressão. E as adolescentes devem procurar os serviços de saúde e as informações necessárias para se protegerem. “A gravidez na adolescência, por exemplo, tem um alto impacto social, pois muitas meninas largam a escola e, por isso, o acesso às informações é muito importante”, concluiu.
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