Publicado em: 01 de agosto de 2016 14h08min / Atualizado em: 04 de janeiro de 2017 11h01min
Os professores do componente curricular Saúde Coletiva do curso de Medicina da UFFS – Campus Chapecó promovem duas mesas-redondas: a primeira será no dia 4, e abordará “Desequilíbrios do meio ambiente como desafios para profissionais da saúde”; e a segunda no dia 11, sobre “Os desafios do campo da Saúde do Trabalhador nas três esferas de gestão: federal, estadual e regional”. Os eventos são organizados pelos professores Paulo Barbato, Agnes Cruvinel, Maíra Rossetto e Maria Eneida de Almeida.
No primeiro evento, conforme a professora Maria Eneida, a ideia é abordar como as modificações do meio ambiente agridem o modo de vida das populações. Exemplos, segundo ela, são a produção de alimentos e a água disponível na natureza. “As transformações das questões ambientais que afetam diretamente o solo e o ar afetam a saúde dos trabalhadores e a saúde das populações em geral, sobretudo no que se refere à água potável e à produção de alimentos. É diante de um quadro não muito otimista que os alimentos consumidos pelos brasileiros consomem estão regados a veneno, e as nascentes estão sob risco de grande toxicidade”, destaca.
Como o tema é conexo, a professora ressalta que participam da mesa os professores de Geografia, Willian Simões, de Engenharia Ambiental, Paulo Roger, e de Agronomia, Geraldo Ceni Coelho. A previsão é de início a partir das 10h, no Auditório do Bloco B.
Saúde do Trabalhador
Na mesa-redonda do dia 10, às 9h, no Auditório do Bloco dos Professores, assuntos relacionados à saúde do trabalhador, como o direito às ações de promoção da saúde, de prevenção de doenças, riscos e agravos, de tratamento e cuidado de enfermidades e de reabilitação física e mental serão alguns dos temas abordados.
A professora explica que, no Brasil, a questão da saúde do trabalhador consta na Constituição Federal de 1988. Somado a isso, o país possui a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, lançada em 2012. Conforme a lei, “todo trabalhador, independente de morar no campo ou na cidade, de fazer parte do setor público ou privado, de ser assalariado, autônomo, doméstico, aposentado ou desempregado, tem direito da atenção integral à saúde, como preconiza o SUS, com universalidade, equidade e integralidade”, destaca.
De acordo com a professora, entretanto, há outros aspectos que precisam ser levados em consideração quando se fala sobre a saúde do trabalhador. “É um tema que depende dos contextos sociais, da conjuntura política, das estruturas institucionais, da maturidade, do poder político, do poder de mobilização social e da conscientização política da sociedade. Em suma, é um tema que depende da cidadania de um povo”, frisa ela.
Para a discussão, três debatedores – um da esfera federal, um da esfera estadual e um da esfera regional – são os convidados: o assessor da Coordenação Geral de Saúde do Trabalhador da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS), Roque Manoel Veiga, o gerente da Saúde do Trabalhador (vinculada à Diretoria de Vigilância Sanitária da Superintendência de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde de Santa Catarina), Edival Goedert, e o coordenador do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador da Região de Chapecó (CEREST Regional de Chapecó), Rodrigo Momoli.
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