O pensamento de Rosa Luxemburgo será tema de Aula Inaugural na UFFS - Campus Erechim

Publicado em: 18 de maio de 2012 13h05min / Atualizado em: 05 de janeiro de 2017 10h01min

O colegiado do curso de Ciências Sociais da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Erechim promove, na terça-feira (22), Aula Inaugural sobre o tema “A atualidade do pensamento de Rosa Luxemburgo”, com a professora de Filosofia Política da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Isabel Loureiro.

 Durante o evento também será realizado o lançamento da obra Rosa Luxemburgo – Textos Escolhidos, coletânea em três volumes organizada pela professora Isabel, que traz artigos e cartas da revolucionária polonesa recuperando suas ideias sobre o socialismo democrático. No Brasil, a coletânea foi publicada pela Editora Unesp.

A aula será realizada na sala de reuniões do Seminário (fundos da igreja), a partir das 19h15min, e é aberta a toda a comunidade acadêmica.

Quem foi Rosa Luxemburgo

Rosa Luxemburgo é um dos grandes mártires socialistas do século 20. Nasceu na Polônia em 1871, numa época em que o país era dominado pela Rússia. A opressão sofrida pelos poloneses fez com que, desde muito jovem, Rosa frequentasse grupos estudantis de oposição ao regime o que, mais tarde, culminou em sua ligação aos movimentos socialistas alemão e russo-polonês. Ao mesmo tempo em que defendia um partido de massas democrático, era crítica ferrenha de Lênin e dos bolcheviques. Apoiou enfaticamente o socialismo democrático, contra concepções autoritárias adeptas da introdução do socialismo por meio de decretos e outras ações de governo independentemente da vontade da maioria.

Rosa foi assassinada em 1919 e sua obra caiu no ostracismo, voltando a ser descoberta a partir das rebeliões estudantis de 1968. Os assuntos tratados por ela em sua obra, tais como a concepção de socialismo democrático a partir da criação autônoma das massas populares, a crítica incisiva à concepção de partido como vanguarda de revolucionários profissionais “donos da verdade”, a crítica da burocratização das organizações políticas e a análise do imperialismo, permanecem atuais.