O estudante Kitchner Jn Philippe, do curso de graduação em Ciências Econômicas, deixou sua marca na história da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) - Campus Laranjeiras do Sul. Philippe é o primeiro acadêmico de origem haitiana que defendeu  trabalho de conclusão de curso (TCC) no Campus.

Intitulado “As duas ditaduras da Família Duvalier: 29 anos de sofrimento no Haiti”, o TCC buscou investigar e compreender como as duas ditaduras da família Duvalier, compreendidas por François Duvalier e seu filho Jean-Claude Duvalier, duraram 29 anos e determinaram os rumos do país haitiano, de 1957 até 1986.

O estudo também buscou identificar de que modo as potencialidades e as limitações desse país foram destruídas ou construídas durante a vigência das duas ditaduras. Além disso, o trabalho apresentou o Haiti, sua história, cultura, educação, saúde, culinária e seus usos e costumes. Os resultados da pesquisa revelaram o método de dilapidação do erário do país.

Conforme a professora Maria Eloá Gehlen, orientadora de Philippe, “o estudante foi aprovado com recomendação de publicação do seu trabalho em artigo de revista”. A banca foi composta pela professora orientadora Maria Eloá Gehlen, professora Janete Stoffel e professor Régis Clemente da Costa.

O TCC, em breve, estará disponível para consulta no Repositório Digital da UFFS.

Sobre o estudante
Nascido em Porto Príncipe, capital do Haiti, Philippe morou alguns anos na capital e depois migrou com o pai para Jacmel, cidade de origem dos pais.

O estudante chegou no Brasil no final de 2015 e veio para Laranjeiras do Sul no início de 2017, quando iniciou seus estudos na UFFS.

Sobre estudar na UFFS, o aluno relata “decidi estudar na UFFS por ser uma universidade federal e também pela oportunidade oferecida pelo Programa de Acesso à Educação Superior da UFFS para Estudantes Haitianos (PROHAITI). A experiência foi difícil, porém extraordinária”.

Sobre o desejo para os próximos anos, Philippe relata: "a expectativa primeira seria voltar para o meu país, mas o momento não é favorável. Nesse contexto, quero ficar no Brasil, pensando os próximos passos na carreira de economista”.