Acadêmicos do Campus Realeza interpretam canção utilizando linguagem de sinais
O resultado das aulas pôde ser observado na noite da última sexta-feira (22), quando cerca de 50 estudantes participaram de uma apresentação “musical”, no saguão do Campus.

Publicado em: 25 de março de 2013 11h03min / Atualizado em: 12 de abril de 2017 10h04min

A partir da Lei 10.436/2002, os sistemas educacionais federal, estadual e municipal devem garantir a inclusão do ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras) como parte integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais. A Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) é uma das várias instituições federais que oferta a disciplina aos acadêmicos dos cursos de licenciatura ou de forma optativa para os demais cursos. No Campus Realeza, os acadêmicos da sexta fase do curso de Ciências Naturais estão tendo o primeiro contato com o ensino da Libras.

O resultado das aulas pôde ser observado na noite da última sexta-feira (22), quando cerca de 50 estudantes participaram de uma apresentação “musical”, no saguão do Campus. Eles interpretaram a canção “Todos os verbos”, cantada por Zélia Duncan, utilizando apenas a linguagem de sinais.

Assim como o aprendizado de qualquer língua, a prática é parte essencial nesse contexto, conforme destaca a professora de Libras, Cleusa Inês Ziesmann. “Ensaiamos a música por pelo menos quatro semanas, cada dia um novo trecho. A prática diária é fundamental para o aprendizado. Essa atividade estimulou vários acadêmicos a buscarem novas músicas e até filmes relacionadosa à surdez. Acho que o objetivo foi alcançado, já que os acadêmicos estão demonstrando novos interesses pela linguagem de sinais”, avalia.

A professora destaca ainda que o graduado que tem esse contato com a Libras terá mais facilidade ao trabalhar e entender o processo linguístico da criança ou do jovem surdo. “Esse futuro professor será uma ponte entre o aluno e o intérprete em sala de aula, mas ele fará todo o trabalho de preparação de aula, ensinar o aluno surdo, buscar materiais mais concretos e práticos para fazer com que esse jovem possa aprender da mesma forma que os outros”, acrescenta.