Campus Realeza recebe primeiro estudante haitiano pelo PROHAITI
O haitiano Kédal Jean, de 35 anos, veio para o Brasil com um objetivo, obter formação de nível superior. Apaixonado pela Química e com experiência na área, foi esta Graduação que ele decidiu cursar no Campus Realeza.

Publicado em: 23 de março de 2017 15h03min / Atualizado em: 23 de março de 2017 16h03min

A Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) é uma das diversas instituições de ensino superior no país que conta com processo seletivo especial para estudantes haitianos, o PROHAITI. Desde 2014, a Universidade registra o ingresso de alunos nesta modalidade, mas neste ano é a primeira vez que o Campus Realeza recebe um estudante haitiano.

Ingressante no curso de Licenciatura em Química, o acadêmico Kédal Jean, de 35 anos, sempre foi apaixonado por essa disciplina. Fez cursos técnicos na área tanto no Haiti, como no Brasil. Ele saiu do estado de São Paulo, quando estava para concluir o Curso Técnico em Química, pela Escola Técnica Estadual (ETEC) de Santa Bárbara D'Oeste-SP, para fazer a Graduação em Realeza.

Quando saiu da cidade de Cabaret, no Haiti, em 2013, Kédal Jean tinha uma meta clara: conseguir formação de nível superior. "Diferente de outros colegas haitianos que buscavam no Brasil uma vida melhor e tinham Ensino Superior, meu objetivo era diferente. Pensei em vir para o Brasil com a possibilidade de estudar mais, buscar mais conhecimento, pois só tinha o ensino técnico. Depois do curso de Licenciatura, gostaria de ir atrás do Bacharelado ou ir direto para a Pós-Graduação", ressaltou.

Atualmente, a UFFS conta com 50 alunos haitianos, dos quais a maioria está matriculada em cursos de Graduação no Campus Chapecó, onde foram ofertadas as primeiras vagas pelo PROHAITI. "A UFFS tem discutido e implementado várias ações voltadas para a internacionalização da Instituição através dos programas de Graduação, Mestrado, Doutorado, grupos de Pesquisa e de Extensão. A acolhida dos imigrantes haitianos, na condição de alunos, é outra forma de internacionalização. Para além das ações institucionais, a complexa rede de relações que os haitianos acabam por constituir com brasileiros, dentro e fora da Universidade, abre a possibilidade de ler e compreender o mundo de forma diferente", destaca o diretor do Campus Realeza, Antonio Marcos Myskiw.