Projeto da UFFS - Campus Realeza traça perfil de doenças no rebanho leiteiro do Sudoeste do Paraná
Para chegar a esses resultados, foram realizadas 33 necropsias, sendo 25 em bovinos. Ao todo, os acadêmicos visitaram 23 propriedades, nos municípios de Realeza, Salto do Lontra, Nova Prata do Iguaçu e Nova Esperança do Sudoeste.

Publicado em: 09 de maio de 2013 13h05min / Atualizado em: 10 de abril de 2017 14h04min

O Programa de Educação Tutorial (PET) de Medicina Veterinária está desenvolvendo o 2º Ciclo de Seminários na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Realeza. Nessa fase, são divulgados os resultados parciais do Projeto de extensão "Implantação das rotinas de necropsia voltado para o rebanho leiteiro dos agricultores familiares da região Sudoeste do Paraná”, que é vinculado ao PET. Nos trabalhos, os acadêmicos do curso mostram as principais doenças encontradas em bovinos, sendo que o estudo serve para traçar um perfil da região e contribuir no desenvolvendo de uma cartilha aos produtores rurais.

Durante o estudo, foi detectada a presença de doenças graves, como a leucose enzoótica bovina (enfermidade infecto contagiosa crônica que provoca o crescimento de tumores em diversos órgãos do animal), a septicemia (infecção generalizada causada por bactérias) e a retículo pericardite traumática (doença ocasionada pela ingestão de materiais perfurocortantes, que ficam retidos no trato digestivo do animal e perfuram suas vísceras, provocando lesões no músculo cardíaco). A intoxicação por plantas – principalmente por juá, uva-japão e falsa erva de rato – também foi constatada em alguns animais.

Para chegar a esses resultados, foram realizadas 33 necropsias, sendo 25 em bovinos. Ao todo, os acadêmicos visitaram 23 propriedades, nos municípios de Realeza, Salto do Lontra, Nova Prata do Iguaçu e Nova Esperança do Sudoeste. “Como não existe um levantamento sobre isso na região, nosso objetivo é realizar necropsias até a metade deste ano para verificar quais são as doenças que mais acometem o rebanho leiteiro. Em posse desses dados, o segundo passo é a formatação de uma cartilha dirigida ao produtor rural, contendo informações sobre os aspectos clínicos, patológicos, tratamento e controle de enfermidades”, explica a coordenadora do projeto, Fabiana Elias.

O acadêmico da sétima fase do curso de Medicina Veterinária, Doglas Lunardi, que é bolsista do projeto, comenta que a experiência contribui para a formação profissional e acadêmica. “Com a realização das necropsias, conseguimos ver as alterações e associar com os sinais clínicos, o que futuramente vai favorecer na identificação dessas doenças. A participação em projetos assim rendem muitos resumos e artigos sobre o tema, o que também é importante para a vida acadêmica”.

O projeto de extensão "Implantação das rotinas de necropsia voltado para o rebanho leiteiro dos agricultores familiares da região Sudoeste do Paraná” é coordenado pela professora Fabiana Elias, sendo vinculado ao PET de Medicina Veterinária, que tem como tutor o professor Adolfo Firmino da Silva Neto. O projeto tem ainda como bolsista a acadêmica da sétima fase, Mayane Faccin, e como voluntários os acadêmicos da quinta fase, Juliano Menegotto e Artur Bruzamarello.