Aula Inaugural marcou o início das seis especializações ofertadas no segundo semestre

Publicado em: 22 de agosto de 2011 07h08min / Atualizado em: 21 de março de 2017 15h03min

A Aula Inaugural com o tema “As Políticas de Educação Superior e a Pós-Graduação no Brasil”, com o reitor da Universidade Federal da Fronteira Sul, Jaime Giolo, e o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Joviles Trevisol, deu o toque oficial ao início das aulas dos seis cursos de especialização que iniciam neste mês de agosto. O encontro aconteceu na sexta-feira 19, no auditório da Unidade Seminário do Campus Chapecó.

O evento foi transmitido por videoconferência para os campi de Erechim, Cerro Largo, Laranjeiras do Sul e Realeza. Além da Aula Inaugural, na sexta-feira também iniciaram as aulas de mais duas especializações. História da Ciência, ofertada no Campus Erechim, e Interdisciplinaridade e Práticas Pedagógicas na Educação Básica, no Campus Cerro Largo. Em Erechim, as primeiras aulas abrangem o tema História da Ciência, com os professores da UFFS Gerson Luis Egas e Paulo José Sá Bittencourt. No Campus Cerro Largo a primeira disciplina ofertada no curso é Interdisciplinaridade: Teoria e Prática, com o professor da UFFS Deniz Alcione Nicolay.
As boas vindas aos novos estudantes foram dadas pelo vice-reitor, Antonio Andrioli, pelo diretor de Pós-Graduação, José Carlos Radin, e pelo coordenador da Unidade Seminário Darlan Kroth. A Aula Inaugural iniciou com o reitor Jaime Giolo falando da importância de oferecer cursos na modalidade especialização para a instituição. “O Latu Sensu está organizando o terreno de situações e perspectivas para que o  próximo passo, que são as implantações dos mestrados e doutorados, aconteça de forma natural”, disse Giolo, também salientando que a oferta dos cursos de pós-graduação condizem com as esperanças e projeções das muitas pessoas que trabalharam para que a UFFS se torna-se uma realidade.
Depois Jaime Giolo fez uma apresentação da estrutura multicampi da universidade, destacando o que já foi feito e os projetos para o futuro da instituição. “Há um esforço conjunto para replicar a estrutura do campus-sede nos outros quatro campi”, salientou. Em seguida apresentou um perfil dos servidores, atualmente em número de 628 nos cinco campi, e destes 106 já com título de doutor. Para Giolo, “a UFFS vai participar das grandes questões nacionais e da vida acadêmica internacional, mas não deixará de exercer a função de auxiliar na resolução dos problemas regionais e das necessidades locais”.
Na parte inicial de sua apresentação, o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação apresentou o Plano de Desenvolvimento da Pó-Graduação em andamento e suas perspectivas até 2015, com a implantação de mestrados, doutorados e de novos cursos de especialização. Também falou do posicionamento que a UFFS está construindo no campo da pós-graduação. Depois Joviles Trevisol falou sobre “As Assimetrias da Pós-Graduação Brasileira: Um Olhar Sobre a Região da Fronteira Sul”. Um dos dados para o qual Trevisol chamou a atenção foi sobre os poucos cursos de mestrado e doutorado existentes no Brasil, comparado com outros países do mundo como Estados Unidos, Alemanha e outros.
Depois demonstrou a distribuição desproporcional dos Programas de Pós-Graduação pelas regiões do país, com preponderância para a Região Sudeste. Outro dado preocupante apresentado foi o de que Santa Catarina tem índices equivalentes aos do Nordeste. E neste cenário, o Oeste do estado, uma região com população de cerca de 1,2 milhão de habitantes, possui apenas três cursos de mestrado. “A UFFS tem um papel muito importante na expansão da oferta de cursos de pós-graduação e, por consequência, na diminuição da discrepância existente atualmente entre as regiões”, concluiu Trevisol.