Especialista do MEC conduziu módulo de formação sobre Residências Médicas e Multiprofissionais

Publicado em: 14 de março de 2016 00h03min / Atualizado em: 14 de março de 2016 00h03min

Na tarde de sexta-feira (11), público formado pelos segmentos da comunidade universitária acompanharam o XV Módulo do Programa de Formação em Pesquisa e Pós-Graduação da UFFS. Esta edição aconteceu no Auditório da Unidade Bom Pastor do Campus Chapecó e foi compartilhada com os demais campi por videoconferência.

A convidada para falar sobre “Residências Médicas e Multiprofissionais” foi a professora doutora Sônia Regina Pereira, coordenadora geral de Residências em Saúde do Ministério da Educação. A gestora do MEC fez um pequeno histórico das residências médicas no mundo e no Brasil, com destaque para o decreto que regulamentou a atividade de Residência Médica no país, em 1977. Também comentou sobre a atual estrutura da Comissão Nacional de Residências Médicas (CNRS) e a sua atuação nas esferas administrativas.

Sônia Pereira aproveitou para explanar sobre o panorama da distribuição territorial dos programas de residências médicas nas regiões, grande parte concentrados nas regiões Sul e Sudeste do país. Disponibilizou dados sobre o número de bolsas para os participantes dos programas, cerca de 14 mil atualmente, e sobre a quantidade de vagas ofertadas. Conforme Sônia, a UFFS possui 362 vagas disponíveis em seus programas constituídos.

Segundo a professora, um dos fatores da importância em oferecer programas de residência médica na área da saúde é a oferta de um ensino compatibilizado, possibilitando ao participante fazer várias clínicas e vários estágios, numa junção de conhecimentos para enfrentar com mais segurança o espaço de trabalho. “A residência nada mais é do que a entrada no ambiente de trabalho supervisionado por uma tutoria, a qual vai orientar sobre os caminhos mais descomplicados e eficientes para a realização dos procedimentos. Dessa forma, existe um processo de qualificação do trabalho e do ambiente envolvido”, diz Sônia.

Outro fator que tem reflexos sociais e econômicos nas regiões onde são ofertados os programas de residência médica é a fixação do profissional em comunidades mais distantes dos grandes centros. Para Pereira, a permanência do profissional da área médica nas cidades do interior pode forçar a uma qualificação dos equipamentos disponíveis e a um atendimento melhorado. “Isso cria na comunidade em torno a cultura de ser bem atendido”, avalia.

Residências Médicas na UFFS

Até o momento, a UFFS possui 50 programas de Residência Médica e 1 de Residência Multiprofissional. Em fevereiro de 2016 aconteceram as primeiras formaturas: 31 no Hospital da Cidade, e outros 59 formandos no Hospital São Vicente de Paulo, ambos em Passo Fundo (RS). Em Chapecó (SC), onde existem seis programas de residência médica, mais três residentes concluíram seus programas em fevereiro. Cada residente recebe uma bolsa paga pela UFFS, via orçamento do MEC.

A instituição investe, anualmente, cerca de R$ 8 milhões em bolsas de residência. “É um importante recurso público investido nos hospitais da região para fornecer especialização de médicos, fisioterapeutas, psicólogos e enfermeiros”, ressalta o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Joviles Trevisol.

Além dos dois hospitais em Passo Fundo, os programas de residência médica ofertadas pela UFFS tem como parceiros o Hospital de Caridade, em Carazinho (RS), o Hospital Regional do Oeste, em Chapecó, além do município de Marau (RS), onde é ofertado um programa de residência médica multiprofissional.