Florianópolis – Um balanço do trabalho de implantação da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) foi apresentado na manhã de segunda-feira, 25 de janeiro, pelo reitor, Dilvo Ristoff, aos representantes do Movimento Pró-Universidade de Chapecó (SC), Luciana Carminatti, de Erechim (RS), Anacleto Zanella e de Cerro Largo (RS), Marlene Stochero. Eles não puderam estar na reunião do dia 20 de janeiro porque o voo de Chapecó para Florianópolis foi cancelado.

No encontro trataram, ainda, das próximas ações para dar início ao ano letivo de 2010, no final de março. O grupo também fez um relato sobre as ações que o Movimento, formado por diversos grupos sociais e entidades representativas, tem realizado com o objetivo de contribuir no processo de implementação da UFFS. O coordenador do Movimento Pró-Universidade, Anacleto Zanella, que é secretário de Educação de Erechim e representou a prefeitura no encontro, afirmou que a preocupação é garantir a continuidade dos movimentos sociais na universidade. Isso está previsto com a formação do Conselho Estratégico Social da UFFS.

Ristoff falou sobre os critérios para a escolha dos diretores e coordenadores pedagógicos e administrativos para os campi de Cerro Largo (RS), Erechim (RS), Laranjeiras do Sul (PR) e Realeza (PR). Segundo ele, são a experiência, o bom relacionamento com a comunidade, o comprometimento com o projeto da instituição e a qualificação técnica. Cerro Largo já tem diretor e os coordenadores pedagógico e administrativo nomeados. Realeza e Laranjeiras do Sul devem ter a definição nos próximos dias. Erechim ainda não tem nomes. Zanella trouxe algumas sugestões, indicadas pelos representantes das entidades sociais. Agora haverá uma avaliação a partir das exigências estabelecidas.

Ristoff ressaltou que já tem os nomes dos pró-reitores de Planejamento, de Graduação e de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão. Nos próximos dias, divulgará quem são os escolhidos.

A secretária-executiva do Movimento Pró-Universidade Federal, Luciane Carminatti, quis saber sobre o número de indicações até agora para o Conselho Estratégico Social, que é formado por 36 membros de diferentes segmentos sociais das regiões onde funcionarão os campi. Ristoff apresentou a relação dos nomes indicados pelas entidades e destacou que algumas ainda não enviaram suas sugestões. Ressaltou que o prazo foi prorrogado até 15 de abril por duas razões: para que mais indicações pudessem ser feitas pelas entidades e para que os docentes, técnicos e estudantes da UFFS pudessem escolher os seus representantes durante os primeiros dias de abril, permitindo que o Conselho seja instalado até o final desse mês.

Luciane Carminatti garantiu que vai verificar com as entidades da sua região sobre os encaminhamentos dessas indicações. Para fazer parte do Conselho, o candidato deverá atender a pré-requisitos conforme estabelecido na Portaria que criou o Conselho Estratégico Social.

O andamento das contratações dos aprovados para professor e técnico-administrativos foi outro assunto tratado pelo reitor. Ristoff afirmou que foram nomeados 53 técnico-administrativos, dos 220 aprovados, aproveitando vagas que não foram preenchidas por outras instituições e que foram oferecidas à UFFS. Esses terão até o dia 28 para a entrega dos documentos a fim de efetivar a contratação. A posse está marcada para o mesmo dia, no final da tarde.

Os aprovados no concurso para as demais vagas de técnicos e os professores concursados só serão nomeados após autorização do Ministério do Planejamento e do Ministério da Educação.

Na reunião foi avaliada a possibilidade de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participar de uma solenidade de implantação da universidade. O assunto ainda será tratado em Brasília. O reitor também deverá convidar o ministro para visitar os campi ou proferir a aula inaugural.

O reitor disse que agora será necessária a concentração de esforços de toda a equipe da universidade para definir o calendário administrativo, acadêmico e a legislação de ensino, além da conclusão das adequações dos campi provisórios e a montagem da estrutura, salas de aula, laboratórios, setores administrativos, bibliotecas, cantinas e centros de convivências. E elaborar as licitações para alguns serviços que serão terceirizados.

A coordenadora do Comitê Macromissioneiro Pró-UFFS, campus Cerro Largo, Marlene Stochero, destacou que as demandas da região já foram atendidas, inclusive com a nomeação do diretor do campus e os coordenadores pedagógicos e administrativo, comprometidos com a proposta da universidade e ligados à região. Ressaltou que é importante esse processo, pois garantirá que não se perca o foco para o qual a UFFS foi criada, de promover o desenvolvimento regional e o acesso ao ensino superior e gratuito das minorias.

Para Luciane Carminatti, é fundamental que o Movimento acompanhe o processo de implantação e o atendimento às diferenças regionais onde a instituição terá campi. Segundo ela, é positivo o encaminhamento adotado até agora para o início das aulas. O número de inscritos para disputar as 2.160 vagas dos cursos de graduação, superior a 9 mil concorrentes, surpreendeu, disse Carminatti. “Está bem concorrida e a UFFS tem tudo para se tornar uma referência”, finalizou.

Para o secretário de Educação de Erechim, Anacleto Zanella, o número de alunos inscritos, para ingressar na UFFS, nada mais é do que a comprovação da necessidade de uma instituição de ensino superior nessas regiões do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. São comunidades que “estavam longe da universidade federal”, resumiu. Zanella contou que as obras do campus provisório, que funcionará no Seminário Nossa Senhora de Fátima, estão quase concluídas, inclusive com a rua de acesso, serviço executado pela prefeitura. Ele aproveitou para dizer que queria demonstrar sua satisfação pelo trabalho até agora realizado pelo reitor e equipe da UFFS que vêm conseguindo viabilizar a implantação em tão pouco tempo. “O calendário que Ristoff e a Comissão de Implantação definiram em março de 2009 está sendo rigorosamente cumprido e as aulas terão mesmo início em março”.