Tabagismo é discutido na UFFS

Publicado em: 31 de agosto de 2011 08h08min / Atualizado em: 21 de março de 2017 16h03min

O Setor de Qualidade de Vida no Trabalho, da Diretoria de Gestão de Pessoas (DGP), em parceria com o curso de enfermagem da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) realizou no dia 29, em comemoração ao Dia Nacional de Combate ao Tabagismo, uma palestra sobre o tema com as alunas do 4° período do curso e com o professor de anatomia e patologia da UFFS, Cortelazzo. A palestra aconteceu no auditório da unidade Bom Pastor e foi aberta ao público.

A palestra discutiu temas como os riscos do tabagismo ativo e passivo; câncer, enfisema, impotência sexual, riscos à saúde do fumicultor, bebês fumantes, benefícios ao parar de fumar; como parar de fumar, entre outros. De acordo com o professor Cortelazzo, o objetivo foi tratar na palestra o problema como um todo. Para ele, o tabagismo deve ser encarado como uma doença contagiante, transmissível, de caráter psicológico e fisiológico. “Estamos falando da doença que mais mata e que ao mesmo tempo é a que mais pode ser evitada do mundo”, ressaltou ele.

Para o professor, as leis que entraram em vigor e proíbem fumar em determinados locais também contribuem para diminuir os problemas relacionados ao cigarro. “Muitos locais em que a lei pegou já estão aderindo ao ambiente 100% livre de tabaco e já ouvi relatos de que os próprios fumantes consideram boas essas proibições”, afirmou.

As alunas do 4° período de enfermagem da UFFS, Diane Terribile, Gabriela Maschio e Vanessa Gasparin, apresentaram os dados mundiais e nacionais sobre o consumo do tabaco e os problemas consequentes ao seu uso, mostrando que os impostos arrecadados com a venda do cigarro não ultrapassam os gastos gerados com os problemas de saúde causados pelo tabagismo.

Entre os dados apresentados pelas alunas, o fumo é responsável por mais de 50 doenças, as mais conhecidas são o câncer de pulmão e a enfisema pulmonar. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que 1/3 da população mundial fuma, o equivalente a 1 bilhão e 300 milhões de pessoas. Dessas, 650 milhões irão morrer por causa do tabaco, a metade entre 35 a 65 anos. Além disso, 700 milhões de crianças (quase a metade de crianças do mundo) inalam fumaça do cigarro que contém 4.700 substâncias tóxicas. Estima-se ainda que 8,3 milhões de mortes serão ocasionadas no mundo até 2030.

No Brasil, o Rio Grande do Sul é o Estado com maior número de fumantes. Sendo que no Sul do país, as mulheres são a maioria. Além de causar danos à sua própria saúde, o fumante também prejudica quem convive com ele. As doenças causadas aos fumantes passivos é a 3° causa de morte evitável no mundo. Quem convive com um fumante e acaba inalando a fumaça do cigarro, respira 3 vezes mais nicotina, 3 vezes mais monóxido de carbono e 50 vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça ingerida pelo próprio fumante depois de passar pelo filtro do cigarro.

Cerca de 200 bilhões de dólares por ano são perdidos por causa do tabagismo. São mortes, tratamentos, aposentadorias precoces, maior número de faltas ao trabalho e menor rendimento produtivo. São 4,9 milhões de indivíduos que morrem atualmente pelas doenças ocasionadas pelo fumo.