ATA Nº 10/CONSC RE/UFFS/2022

ATA DA 3ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DE 2022 DO CONSELHO DO CAMPUS

Aos dezoito dias do mês de agosto do ano de dois mil e vinte e dois, às treze horas e quarenta e um minutos, de forma presencial com conselheiros participando remotamente por meio do sistema de videoconferência Webex, foi realizada a 3ª Sessão Extraordinária de 2022 do Conselho do Campus Realeza da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), presidida pelo Diretor do Campus, Marcos Antônio Beal. Fizeram-se presentes à sessão os seguintes conselheiros: Adelita Maria Linzmeier (Coordenadora do Curso de Graduação em Ciências Biológicas), Ademir Roberto Freddo (Coordenador Acadêmico), Aline Portella Biscaino (Coordenadora do Curso de Graduação em Física), Clóvis Piovezan (Coordenador do Curso de Graduação em Química), Cristiane de Quadros (Coordenadora do Curso de Graduação em Pedagogia), Edinéia Paula Sartori Schmitz (Coordenadora Administrativa), Jonatas Cattelam (Coordenador do Curso de Mestrado em Saúde, Bem-estar Animal e Produção Animal Sustentável na Fronteira Sul), José Oto Konzen (Coordenador do Curso de Graduação em Administração Pública), Marcelo Zanetti (Coordenador Adjunto do Curso de Graduação em Nutrição), Rosiane Moreira da Silva Swiderski (Coordenadora do Curso de Graduação em Letras: Português e Espanhol); representantes docentes: Antonio Marcos Myskiw, Clóvis Alencar Butzge, Ronaldo Aurélio Gimenes Garcia, Sabrina Casagrande; representantes técnico-administrativos em educação (TAEs): André Luiz Zabott, Bruno da Rocha Nunes; representante discente: Samuel Aires Lourenço. Participaram da sessão os seguintes conselheiros suplentes, no exercício da titularidade: Alexandre Machado (Discente), Luciana Borowski Pietricoski (docente). Não compareceram à sessão por motivos justificados: Eloá Angélica Koehnlein (Coordenadora do Curso de Graduação em Nutrição), Viviane Scheibel de Almeida (titular docente). Não compareceram à sessão sem apresentar justificativa: Elizandro Paulo Krajcyk (titular comunidade regional), Gilza Maria de Souza Franco (titular docente), Marcos de Almeida (suplente comunidade regional), Marcos Fernando Schmitt (Titular comunidade regional). Iniciada a sessão e conferido o quórum regimental, o presidente informou que, conforme disposto no Regimento Interno do Conselho do Campus, as sessões extraordinárias seguem o mesmo rito das sessões ordinárias. Em seguida, passou a palavra aos conselheiros para proceder aos informes. Não houve manifestação de informes. o presidente passou, de imediato, à ordem do dia. 2.1 Processo nº 23205.024911/2022-45: Proposta de alocação do experimento “Pomar da Unidade Mista de Pesquisa e Transferência de Tecnologia (UMIPTT)". O presidente retomou a apreciação da pauta iniciada na 7ª Sessão Ordinária. Solicitou ao Pleno o uso da palavra pelo servidor Hugo Franciscon, Coordenador Adjunto de Áreas Experimentais do Campus Realeza, sendo a solicitação acolhida pelos conselheiros. O servidor Hugo Franciscon passou à apresentação do projeto: Estabelecimento de um pomar em sistema agroflorestal sustentável por meio do programa Quintais Orgânicos da Umiptt/Embrapa. Explanou que o projeto tem como objetivo propiciar um ambiente adequado para a pesquisa, validação e divulgação de um sistema de tecnologia econômica, social e ambientalmente sustentável na UFFS - Campus Realeza em conjunto com as instituições e organizações que compõem a Unidade Mista de Pesquisa e Transferência de Tecnologia do Sudoeste do Paraná – UMIPTT. Destacou que o Programa Quintais Urbanos da Embrapa consiste na instalação de um pomar em sistema florestal agroecológico através da produção de espécies frutíferas sustentáveis, como uma alternativa para a agricultura familiar. Detalhou que o Projeto apresentado propõem alocar uma área de aproximadamente de 6.000 m2 de pomar agroecológico no Campus, com o objetivo de abrir um espaço de pesquisa que envolva os cursos do Campus e, ainda, desenvolver uma tecnologia que se ajuste à realidade local apresentando para a comunidade da região um projeto de pomar viável ao pequeno agricultor. Após, descreveu as espécies propostas para iniciar o pomar e o cronograma para o desenvolvimento do pomar. Na sequência, o presidente abriu espaço para questionamentos dos conselheiros. A conselheira Adelita Linzmeier considerou que o projeto é uma oportunidade muito importante para o Campus e questionou quais serão as espécies cultivadas nesse primeiro momento dentre as listadas no projeto. Ademais, destacou que o projeto apresenta tanto plantas exóticas como nativas e, nesse sentido, questionou se já há um planejamento de organização para o plantio dessas espécies. O servidor Hugo destacou que, basicamente, todas as espécies apresentadas no projeto serão cultivadas nesse primeiro momento. Com relação ao planejamento para o plantio, disse que o primeiro passo é escolher a área para melhor definir o cultivo de cada espécie frutífera, mas, considerando que é um projeto que já está em funcionamento em outros espaços e instituições e considerando que o coordenador do projeto tem experiência em agroflorestas, se  buscará ordenar o cultivo da forma mais adequada possível. Após, o conselheiro Clóvis Alencar Butzge parabenizou o Campus pela inciativa desse programa interinstitucional e fez os seguintes questionamentos: a) quais são as atribuições efetivas do Campus Realeza no projeto; b) o Campus possui uma previsão orçamentária para o projeto do pomar; e, c) serão disponibilizados servidores para auxiliar no projeto e trabalho diário de manutenção do pomar. O servidor Hugo destacou que a respeito de orçamento o investimento é baixo por se tratar de um projeto agroecológico e que a Coordenação Adjunta das Áreas Experimentais (CAAEX) possui um orçamento para esse tipo de despesa. Destacou que o projeto não contempla, nesse momento, o cercamento da área, mas considerando que é um espaço de pesquisa é importante futuramente o investimento no cercamento do espaço. Sobre a questão da operacionalização, explanou que inicialmente o maior trabalho será a roçada da área, serviço que já é feito aqui no Campus com trator, depois o preparo do solo e a poda das plantas, considerando que a área é pequena será de fácil operacionalização. Sobre a força braçal disponibilizada pelo Campus, disse que o Campus possui um auxiliar terceirizado que desenvolve atividades nas áreas experimentais e os servidores das CAAEX, que auxiliarão na operacionalização do pomar juntamente com os colaboradores do projeto. O conselheiro José Oto Konzen destacou que a iniciativa do pomar representa a consolidação de projetos entre a universidade e a comunidade regional e está alinhado com os propósitos da universidade, considerou que essas ações contribuem, sob o ponto de vista técnico e científico, para aproximar a universidade da comunidade regional. Destacou que é importante o Campus investir futuramente recursos no cercamento da área. Na sequência, o presidente apresentou as 6 alternativas de espaço para alocação do pomar de acordo com as definições do zoneamento do Campus, destacou que algumas premissas foram consideradas para definir os espaços, como a construção de via de acesso do Campus à rodovia PR 281, a existência de redes de alta tensão e os limites do Campus. Explanou que na área norte do Campus estão localizadas as áreas 1, 2, 3 e 4, e na área sul do Campus as áreas 5 e 6, conforme projeto disponibilizado aos conselheiros. Após, o servidor Hugo detalhou as principais características de cada área, conforme segue: a) área 1: o nivelamento da área proporciona linhas de cultivo com tamanhos similares, tem um menor contato com a área de reflorestamento diminuindo a interferência entre as espécies exóticas e nativas, no entanto, conforme zoneamento do Campus esse espaço está previsto para futura expansão de construções no Campus; b) área 2: possui nivelamento similar a área 1, mas considerou que a localização e dimensionamento da área  não interferem tanto numa expansão futura e fica mais próximo à rodovia; c) área 3: a área possui um bom nivelamento, no entanto, para alocação com possível expansão do pomar nessa área será necessário mover o experimento com forragem e adubação orgânica já em andamento no espaço; d) área 4: está com parte da área terraplanada o que não é bom para o cultivo do pomar já que foi retirado o solo fértil ficando o subsolo com baixo nível de matéria orgânica, sendo necessário um processo de recuperação do solo antes de iniciar o cultivo das espécies, e possui uma barranca no meio da área, de forma que deve-se fazer um nivelamento da área para conseguir cultivar, no entanto, destacou que essa área está próxima ao Campus facilitando o acesso e a vigilância do local e com ponto de água próximo; e) área 5: está localizada no espaço das áreas experimentais do Campus e já tem uma previsibilidade de uso, nesse espaço também está localizado o Bloco de Reprodução Animal com aulas práticas com os bovinos, sendo também um local mais afastado do Campus; f) Área 6: é a área mais próxima das instalações do Campus, mas no zoneamento do Campus existe a previsão de expansão dos laboratórios nesse espaço, o que pode ocasionar, futuramente, a retirada do pomar da área. Na sequência, a conselheira Adelita Linzmeier considerou que a área 4, apesar do problema da terraplanagem com a condição do solo degradado, pode-se apresentar como uma experiência de cultivo das espécies frutíferas em um solo recuperado, destacou, ainda, que essa área é favorável por ser a mais próxima ao Campus de fácil acesso e vigilância. O servidor Hugo destacou que a área 4 seria uma vitrine para a questão de potencial de recuperação do solo e cultivo das espécies, mas pode prejudicar no quesito de potencial econômico, de gerar renda para o produtor, sendo que as espécies frutíferas demorarão mais para produzir e poderá ser prejudicial no desenvolvimento das espécies. O conselheiro Clóvis Butzge questionou qual o tamanho dessas áreas destinadas para o pomar e se já tem definida alguma obra de expansão para a área 1. O servidor Hugo respondeu que cada área tem aproximadamente 5.500 m2. Após, o presidente explanou que, no zoneamento do Campus, os espaços em que estão as áreas 1, 2, 3 e 4 estão definidos como áreas para expansão futura sem destinação específica até o momento. O Conselheiro Clóvis Butzge considerou que as áreas 1 e 2 são as mais apropriadas para alocação do pomar, destacou que as áreas estão próximas e isso indica uma possibilidade de expansão do pomar da área inicial de 5.000 para uma área de 10.000, e acrescentou que essas áreas fazem divisa com uma entidade privada que já possui cercamento dando maior segurança ao local. A conselheira Sabrina Casagrande disse, com base nas explanações e esclarecimentos do servidor Hugo, que existe no zoneamento do Campus apenas uma projeção de expansão para as áreas 1 e 2 sem nada definido e considerou que essas áreas são as mais adequadas para alocação do pomar. O conselheiro Oto Konzen manifestou que, na dinâmica adotada para a ocupação e expansão dos espaços no Campus, as novas instalações estão sendo construídas mais próximo aos prédios já existentes no Campus, que as áreas 1 e 2 são mais distantes, disse que é favorável à alocação do pomar nas áreas 1 e 2. Na sequência, o presidente destacou que as áreas 5 e 6, de acordo com o Zoneamento do Campus, já foram destinadas para expansão das áreas experimentais e expansão dos laboratórios respectivamente, sendo inviável a alocação do pomar nesses espaços. Sobre as áreas 1 e 2, informou que já houve consulta, anteriormente, de interesse para arrendamento por terceiros com o intuito de cultivo agroecológico que fomentem o estudo e a pesquisa no Campus. Dessa forma, do ponto de vista organizacional e também considerando a pesquisa envolvida no cultivo do pomar a partir da recuperação de uma área degradada, considerou que a área 4 é a mais indicada para alocação do pomar. O Conselheiro Clóvis Butzge argumentou que alocar nas áreas 1 e 2 mostra que uma iniciativa de cultivo num sistema de agrofloresta em local adequado pode ser uma alternativa de cultivo rentável, com um sistema sustentável que sai do convencional, disse ser importante mostrar para o agricultor a possibilidade de cultivo do pomar como um experimento rentável numa área adequada para o cultivo. Após, o servidor Hugo destacou que o projeto de pomar tem como finalidade mostrar o potencial de produção através de um sistema agroflorestal sustentável, e na situação que se encontra a área 4 será necessário fazer uma recuperação do solo o que demanda tempo e maior investimento. Na sequência, considerando que não houve manifestação favorável pela alocação do pomar nas áreas 3,5 e 6, o presidente submeteu à votação as seguintes propostas, obtendo-se os seguintes resultados: a) alocação do pomar nas áreas 1 e 2: 13 favoráveis ; b) alocação do pomar na área 4: 5 favoráveis. Após, o presidente submeteu à votação o seguinte encaminhamento; a) Alocação do pomar na área 1; e b) Alocação do pomar na área 2. O Pleno aprovou por unanimidade a proposta da área 2 para alocação do pomar em sistema agroflorestal sustentável por meio do programa Quintais Orgânicos da Umiptt.  Às quinze horas e trinta e cinco minutos, o presidente encerrou a sessão, da qual eu, Cristina Zulmira Almeida de Campos, Secretária da Direção e Órgãos Colegiados, lavrei a presente Ata que, aprovada, será devidamente assinada por mim e pelo presidente.

Data do ato: Realeza-PR, 18 de agosto de 2022.
Data de publicação: 22 de novembro de 2022.

Marcos Antônio Beal
Presidente do Conselho de Campus Realeza

Documento Histórico

ATA Nº 10/CONSC RE/UFFS/2022