Publicado em: 12 de fevereiro de 2020 17h02min / Atualizado em: 13 de fevereiro de 2020 09h02min
Está em desenvolvimento na UFFS – Campus Laranjeiras do Sul uma pesquisa que investiga o cultivo orgânico de pepinos. A pesquisa é realizada pela estudante do curso de Agronomia Daniele Scheffer sob orientação da professora e engenheira agrônoma Cláudia Simone Madruga Lima, doutora na área de fruticultura de clima temperado.
Conforme relata a docente Cláudia, “o projeto teve início a partir de demanda apresentada por uma agroindústria produtora de pepinos em conserva. Participamos de um evento promovido por essa agroindústria e eles nos relataram que estavam com certa dificuldade para produzir pepinos de forma orgânica”.
Para desenvolvimento do estudo, as pesquisadoras escolheram o pepino (cucumis sativus) da variedade Ginga, que é o pepino “tipo indústria”, ideal para conservas, por se tratar de um cultivar utilizado por produtores na região de Laranjeiras do Sul. O cultivo foi conduzido nas áreas experimentais da UFFS – Campus Laranjeiras do Sul, em ambientes protegidos (estufas) e em canteiros no campo, visando comparar a produção nos dois sistemas. Foram cultivadas 120 mudas na estufa e outras 120 em canteiros. As plantas foram adquiridas em viveiros que comercializam a variedade no município.
A pesquisa avalia diversas condições das plantas e frutos (produtividade, qualidade dos frutos, variação da clorofila, enraizamento, incidência e controle de pragas e doenças, classificação vegetal dos frutos) e compara as principais diferenças entre os sistemas de cultivo. A estudante revela que também contou com a colaboração do engenheiro agrônomo Tiago Antonio Zanella Debarba, que trabalha com o cultivo na região sudoeste do Paraná e ofereceu suporte técnico para a pesquisa.
“Embora ainda não tenha concluído a pesquisa, já encontramos resultados que nos surpreenderam, por exemplo, observamos a incidência de pragas e doenças que acometeram as plantas cultivadas em estufa e que não atingiram as plantas nos canteiros, a diferença na produção dos frutos, diferenças fisiológicas como tamanho de caule e raiz”, conta a estudante.
“Testamos métodos orgânicos para controle de fungos e pragas, utilizamos palhada para controle de plantas espontâneas, tanto nos canteiros como nos vasos, e não tivemos problemas com plantas invasoras. Utilizamos óleo de neem para controle de pulgão; para controlar o aparecimento de vaquinhas (Diabrotica speciosa), utilizamos armadilhas adesivas; e para controle do oídio usamos calda de bicarbonato, tudo orgânico”, comenta ainda Daniele.
As pesquisadoras continuam desenvolvendo o estudo e realizado as análises laboratoriais. Os resultados serão apresentados no Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da estudante, que está previsto para ser apresentado no final do primeiro semestre deste ano. Cláudia complementa informando: “essa é a primeira parte da pesquisa, pretendemos dar continuidade e avaliar as doenças e outras variáveis”.
Equipe
Além da acadêmica Daniele Scheffer e da professora Cláudia Simone Madruga Lima, colaboraram para o desenvolvimento das pesquisas a estudante de agronomia Rafaela Castro, a mestranda em Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável Mailis Groselli, o engenheiro agrônomo Tiago Antonio Zanella Debarba, o esposo de Daniele, Paulo Romanino, e o pai da estudante, Carlos Scheffer.
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