Debate na UFFS – Campus Realeza aponta demandas de cursos de licenciaturas para a região
Os debates apontaram preocupações com o perfil de formação dos professores, tomando por base as dificuldades evidenciadas pelos sistemas de ensino, seja pela ausência de profissionais em várias áreas do conhecimento, seja pelos problemas e limites da formação inicial da formação dos professores vinculada a um modelo de formação que tem dialogado pouco com o contexto escolar.

Publicado em: 17 de outubro de 2013 19h10min / Atualizado em: 28 de março de 2017 13h03min

A Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Realeza deu inicio ao debate sobre a expansão da oferta de cursos com entidades da região Sudoeste do Paraná. A primeira Audiência Pública teve a participação de entidades ligadas ao setor educacional, sendo a pauta a proposta de novos cursos de licenciatura para a região. Participaram do encontro realizado na quarta-feira (16) representantes de Núcleos Regionais de Educação (NREs), Secretarias Municipais de Educação, diretores de colégios e escolas, entre outros, dos municípios de Capanema, Santa Izabel do Oeste, Realeza, Planalto, Dois Vizinhos e Francisco Beltrão, além de membros do Conselho Comunitário, de professores, servidores e estudantes da UFFS. Os debates são uma iniciativa do Conselho Comunitário e da equipe diretiva do Campus Realeza.

A mesa de debate foi conduzida pelo coordenador acadêmico do Campus Realeza, Clóvis Alencar Butzge, com a participação de representantes do NRE de Francisco Beltrão, Andreia Regina Gomes e Marcos Wílian da Silva, da Secretaria Municipal de Francisco Beltrão, Joice Maseto, do Fórum da Agricultara Familiar, Luís Pirin, e da professora da UFFS, Cristiane de Quadros.

Os debates apontaram preocupações com o perfil de formação dos professores, tomando por base as dificuldades evidenciadas pelos sistemas de ensino, seja pela ausência de profissionais em várias áreas do conhecimento, seja pelos problemas e limites da formação inicial da formação dos professores vinculada a um modelo de formação que tem dialogado pouco com o contexto escolar. Dentre os desafios apontados, constam a superação da fragmentação do conhecimento, o desenvolvimento de um espírito investigativo, a educação integral, o fortalecimento da relação entre a universidade e a escola e a integração dos cursos a serem criados. 

Dentre os cursos mais destacados, tendo por base a carência de profissionais, estão os cursos de Pedagogia (especialmente, voltados para educação infantil e escola integral), Ciências Sociais, Letras - Inglês,  Libras e Artes. Além destes cursos, também houve argumentos em favor dos cursos de História, Filosofia e Matemática.  “Essa listagem de cursos levantada nesse momento é um indicativo do que conseguimos mapear a partir das demandas que as escolas e colégios da região têm trazido para nós, e isso ainda será refletido na sessão final, do dia 13 de novembro. Obviamente, não imaginamos que vamos conseguir todos esses cursos, mas possivelmente alguns cursos, que articulados com o que temos hoje, potencializem o Campus Realeza nessa missão de qualificar a educação na região”, comenta Butzge.

Para o dia 23 de outubro, próxima quarta-feira, já está marcada a Audiência Pública com o setor da agricultura, que será realizada a partir das 13h30min, na Associação de Estudos, Orientação e Assistência Rural (Assessoar), em Francisco Beltrão, localizada na Rua General Osório, 500.

Nessa segunda etapa de debates estarão em destaque o processo produtivo da agricultura familiar, atentando para a pluralidade de sujeitos, a diversidade de situações e saberes da agricultura, as questões associadas à sucessão familiar, as tecnologias e inovações e as demandas vinculadas à agroindústria, as áreas do conhecimento que dialogam com a agricultura e as perspectivas de oferta de cursos em regime de alternância.

Para participar desta audiência, estão sendo convidadas: ASSESOAR, FETRAF, CRESOL, UNICAFES, SISCLAF, GGETESPA, SISCOOPAFI, CENATER, EMATER, Secretarias Municipais da Agricultura, SEAB, ASSEMA, ASSEC, CMDRs, entidades similares e comunidade acadêmica da UFFS – Campus Realeza.

Na sequência, será realizada a Audiência Pública com o tema desenvolvimento e gestão, no dia 30 de outubro. Todas as propostas apontadas serão encaminhadas à Audiência Pública final que será no dia 13 de novembro, no auditório do Campus Realeza.