Pesquisa diagnóstica sobre ações de cultura na UFFS aponta para um conjunto de desafios
Levantamento foi feito por meio de formulário eletrônico entre os dias 20 de setembro e 10 de outubro

Publicado em: 09 de novembro de 2023 09h11min / Atualizado em: 09 de novembro de 2023 14h11min

Entre os dias 20 de setembro e 10 de outubro, a Diretoria de Arte e Cultura, da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PROEC), realizou, por meio de um formulário virtual, uma pesquisa diagnóstica sobre ações de cultura na UFFS. Participaram 231 respondentes, sendo 85 docentes, 73 discentes, 70 técnicos administrativos e 3 integrantes da comunidade regional. O Campus Chapecó participou com 32,9% das respostas, seguido por 14,7% do Campus Cerro Largo; 14,3% do Campus Erechim; 13,9% do Campus Realeza; 12,6% do Campus de Laranjeiras do Sul; 8,2% da Reitoria e 3,4% do Campus Passo Fundo.

Com relação a participação em ações de cultura, cerca de 46,3% dos respondentes informaram que haviam participado em 2023. No entanto, outros 21,2% informaram nunca ter participado de nenhuma ação, mostrando a necessidade de um esforço adicional para atender essa parcela que não vem tendo acesso à cultura no espaço acadêmico. O estudo apresentou dados relevantes sobre o interesse e a participação da comunidade acadêmica em ações de cultura no âmbito da Universidade. Aproximadamente 52% dos respondentes identificaram as ações de cultura como eventuais e/ou esparsas, outros 25,5% como sendo de baixa intensidade, chegando-se a um percentual de 77,5% de respondentes apontando que a quantidade das ações realizadas é insuficiente.

Entre as principais atividades culturais realizadas, foram apontadas: festa junina, coral, oficina e apresentações teatrais, espetáculos de dança, cine clube e evento dos imigrantes. Já entre as principais linguagens de interesse, foram sinalizadas, respectivamente: música (146 indicações); fotografia (145 indicações); dança (124 indicações); artes cênicas (120 indicações); literatura (115 indicações); pintura (107 indicações).

Quando indagados sobre a disponibilidade de serem multiplicadores de cultura no campus, do total de respondentes, apenas 21,6% indicaram que gostariam de atuar nessa função. Dos demais, 49,8% dos respondentes afirmaram que “talvez” gostariam e aproximadamente 28,6% assinalaram não ter essa vontade de atuação. A Diretoria de Arte e Cultura compreende que, se oportunizado e bem conduzido o trabalho em uma articulação entre PROEC e comitês assessores de extensão e cultura nos campi, praticamente a metade dos respondentes estaria disposta a se somar e se constituir como agente multiplicador de cultura no seu espaço de atuação.

Segundo a Diretoria de Arte e Cultura, um dos aspectos curiosos e relevantes é a periodicidade para realização das ações de cultura nos campi. Nesse quesito, a maioria dos respondentes (51,9%) prefere a realização de atividades mensais, seguido por cerca de 24,2% que preferem que as atividades ocorram semanalmente. Mas houve quem apontou que uma realização bimestral já seria suficiente (13%), semestral (9,1%) e anual (1,8%).

A pergunta que finalizou a pesquisa fazia menção ao que se considera primordial para que possam ocorrer as ações culturais nos campi. Dentre aquelas que mais se destacaram estão: planejamento e colaboração; maior amplitude na divulgação dos eventos e ações; espaço adequado para realização das atividades; maior engajamento na participação da comunidade acadêmica (com envolvimento da comunidade regional); disponibilidade orçamentária; engajamento dos estudantes; temas interessantes e respeito à diversidade; apoio institucional, agendamento e periodicidade; realização das atividades em horários diversificados.

Esse primeiro panorama aponta para um conjunto de desafios que devem ser enfrentados, ou seja, dá à Diretoria de Arte e Cultura bons indicativos para a qualificação da política de extensão e cultura da UFFS. Foi identificada, também, a existência de atores dispostos a fazer cultura nos campi. "A cultura aparece como dimensão da formação humana integral no ensino superior, como espaço-tempo de integração e socialização de saberes e experiências, como acontecimento e rebeldia do sentir, pensar e agir nos processos de ensinar e aprender", finaliza a equipe da Diretoria de Arte e Cultura, que é composta pelo diretor, Ronnie Reus Shcroeder, por Priscilla Romano, chefe da Divisão de Ações de Cultura, e por Eliane Vilma Simon, assistente em administração.