Professores da UFFS discutem Matriz Curricular

Publicado em: 22 de setembro de 2011 09h09min / Atualizado em: 22 de março de 2017 09h03min

Docentes do Campus Chapecó da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) reuniram-se na tarde de quarta-feira 21, no auditório da Unidade Seminário, para uma discussão em torno da Matriz Curricular adotada pela instituição.

Para falar sobre o assunto foram convidados os professores José Eustáquio Romão (Uninove/Instituto Paulo Freire) e José Eduardo de Oliveira Santos (Uninove). O encontro teve participação de docentes dos demais campi da UFFS por meio de videoconferência.

Os professores convidados apresentaram a conferência “Universidade Popular e Matriz Curricular da UFFS – Domínio Comum, Domínio Conexo e Domínio Específico”. Na abertura, o reitor Jaime Giolo fez questão de afirmar que a Matriz Curricular da UFFS, como hoje está constituída, condiz com “as propostas de articulação e dos anseios dos segmentos que estiveram presentes em sua elaboração”. A diretora de Organização Pedagógica, Adriana Salete Loss, falou que um dos objetivos do evento foi o de pensar a Matriz Curricular da instituição, “acreditar neste modelo, mesmo que seja necessário fazer alguns ajustes daqui para frente”.

O primeiro conferencista do dia foi José Eustáquio Romão, o qual fez algumas indagações aos presentes: O que significa esta universidade? Por que estamos aqui? Para o professor do Instituto Paulo Freire, a UFFS é uma instituição de ensino superior que surge no âmbito de movimentos sociais, “de certa forma uma novidade no Ocidente”. Portanto, “nossa responsabilidade solidária é enorme”, disse. Para Romão, a UFFS não é uma universidade criada para as elites, e sim com vocação histórica de receber alunos vindos de escolas públicas.

José Eduardo de Oliveira Santos direcionou sua fala na necessidade atual de as universidades formarem não só profissionais qualificados para alimentar o sistema, mas sim “novos cidadãos imbuídos de uma cidadania mais abrangente, preocupados com a resolução dos problemas locais e ao mesmo tempo com o que acontece no mundo, como as questões ambientais por exemplo”. Para o pesquisador, “a UFFS já nasce como uma proposta internacional ou 'internacionalista', uma universidade da América Latina, com conhecimento novo de diversas nacionalidades e extratos sociais”. Por isso, na opinião de Santos, a direção da produção e distribuição do conhecimento é outra. “A UFFS tem papel importante neste contexto. O de distribuir este conhecimento produzido de forma mais generosa e justa”, observou.